quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Ricardo Darín e Juliette Binoche

RICARDO DARÍN E JULIETTE BINOCHE Séptimo é um filme Argentino passado em Buenos Aires, um filme que cá entre nós tem uma história bem fraquinha, o desempenho dele sim, é que o que faz do filme ser interessante. Mas não é isso que chama atenção no filme, mas sim toda trama ter sido armada por que a gente menos espera, a mulher dos filhos dele, e para mim, é o que acontece na vida real. Já tive colega que foi morta por um taxista, que conheceu na internet, e trouxe o cara para morar com ela aqui na cidade de POA, no começo é tudo amor e rosas, depois se vê que não é bem assim, os homens perdem o caminho da passividade e começam a mostrar aquele lado mais ousado, que se não for denunciado na primeira situação, essa se perde o controle. A educação não é a mesma, o amor não é o mesmo, e colocar uma Lei Maria da Penha tudo pode acontecer. O ideal em qualquer caso, é a prevenção, mulher tem que se prevenir de tudo que é forma, tudo acaba desbancando para agressão, porque quando se ama e se está apaixonado e não quer que seu amor fique com outra (ou com outro que já é tão comum hoje em dia, talvez essa seja uma saída interessante, mas é para outra conversa reservada). Para o homem na verdade, quando ele sai da relação em que ele não saia perdendo é a grande vantagem, ninguém gosta de perder nesse campo. O problema é que as mulheres não conseguem visualizar o começo do fim, quando a relação dá sinais de problemas e que ela sabe se continuar pode acabar tudo numa grande porcaria. Mulher é tão ou mais passional quanto ao homem, poucas são as que esquartejam o marido e o carregam em malas pelo elevador de serviço do edifício. Toda mulher não quer ser esquecida ou deixada, mas é um pedra no sapato de qualquer homem quando começa a encrencar e levar a relação acima do nível que já se chegaria do tipo levar uma faca na bolsa ou desafiar publicamente o vivente. Mulher quando perde a noção da realidade e da capacidade do que julga entendimento, promove ações que julga inteligente, mas que podem determinar a sua própria extinção de si, da auto-estima e do amor pelo ex-companheiro ao qual viveu momentos de intenção paixão e companheirismo. Ninguém é amigo nessa hora, só existe uma forma de resolver isso, um Plano B, a saída de si mesmo e análise das conseqüências de como vai ficar a situação depois ou futuramente. Como se faz isso? Pensando primeiramente na família, no que foi construído e o que terá que se abdicar nesse momento para se ter uma nova chance em outro momento, agora é fase de recolhimento e de resguardar o que ficou de bom para trás, humildade para reconhecer que não deu certo e agüentar as pressões que vão ver. Mas tem uma coisa mais importante, dividir tudo, até os cinzeiros e abajures, trocar o cachorro pelo peixe e coisas desse tipo assim e tal, como se diz. Se estou ficando louco??? AS coisas materiais se conquistam novamente, já falei de amigos que gostavam de namorar mulheres ricas, que pagavam viagens, roupas e jóias caras para o seus queridos, mas isso tudo tem um preço, quem sabe o da sufocação. Tudo tem que ter um limite aprazível nesse espaço de tempo, de hibernação, de recolhimento e de troca de guarda-roupa literalmente, ser um novo home e uma nova mulher, se reinventar para voltar a ser aceito além do ex, de si mesmo. Mil Vezes boa noite traz Juliette Binoche de burca, como fotógrafa, no Quênia e provavelmente no Afeganistão ou por aquelas bandas, um show de talento que não faz lembrar aquela mulher bela e sensual dos tantos filmes que já vimos dela, até como aprendiz de lésbica. Eu prefiro a Juliette linda e maravilhosa de Perdas e Danos, de Cópia Fiel (o papel mais centrado) e de uma mulher de 40 anos, simplesmente espetacular, ela é uma deusa nos outros filmes também, mas somente quem acompanha a carreira de Juliette através dos filmes pode entender o que falo e o que sinto em relação a essa atriz e a sua desenvoltura e ainda bem que ela tem no francês a sua grande alavancagem de sua sensualidade. Esse filme, pelas situações surpreendentes e pelo desempenho emocionante de Juliete, bate o filme de Ricardo Darín de uma forma que os artistas podem se arriscar em determinado projeto e talvez queiram se manter no mecardo, tendo a necessidade da atuação. Nesse comparativo, o filme que atua Darín e o que atua Juliette, estão passando no Cine Guion aqui em POA. Gosto do Guion, mesmo que só aceite pagamento em dinheiro, e não aceite convênios tirando o estacionamento, mas por R$14,00 numa terça feira, assistir a dois belos filmes é uma oportunidade que a gente só vai poder ver no tele-cine depois de muito tempo. Tem filmes inclusive, do cinema alemão por exemplo que só passam na casa de Cultura Mário Quintana, por exemplo, como o famoso Triângulo Amoroso, mas que certamente não vão passar nunca num Tele Cine Cult, que essa semana ainda nos premiou novamente com Camile Outra Vez, um filme para assistir na sessão da tarde, com todas as janelas e portas fechadas, sentada numa cadeira reclinável, com todas as comodidades que uma sala de cinema nos oferece. Mesmo assim, o filme que atua Darín é descartável e ausente em comparação ao filme que atua Juliette, onde temos um show de imagens e nos prende do início ao fim. Um dos sintomas que me prendem a um filme e isso já é evidente ou psicológico e se não sinto sono durante a sessão, o filme de Darín em certos momentos me pegou bocejando e quase escapando uma pescada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, se você tiver coragem...