segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Deixar registrada nossa passagem...

Esse dias me dei conta que não tenho nada oficial registrado em nome do meu pai e da minha mãe. Do meu pai tenho apenas a carteira de identidade dele com a assinatura e da minha mãe um livro de receitas que ficou quase que perdido na família, na garagem do meu irmão, há pouco tempo foi encontrado novamente. O restante? Muitas fotos, algumas filmagens em VHS com a minha mãe, que ainda precisam ser transformadas em dvd´s. Muito pouco do pensamentos deles, do que eles pretendiam no futuro e como sentiram o passado, a criação dos filhos, do trabalho, das desilusões e das superações. Da herança que deixaram para os filhos de forma material e espiritual, da educação, do pouco preparo de lidar com as negociações e das armadilhas em relação ao dinheiro, da excelente educação para e com os filhos, da união que existia em todos para que eles não brigasse, da existência de um vínculo maior que pudesse manter a família sempre unida. Infelizmente, com a perda da nossa mãe, esse vínculo não mais foi possível se manter, mas isso é uma outra conversa, de como manter os vínculos afetivos entre irmãos e da união familiar. Uma coisa é certa, pai e mãe sempre tinham um norte em relação a esse sentimento, o quanto os casais não abdicam seus sonhos por causa disso. Necessário é manter, além das fotos, os pensamentos, as cartas, os e-mails, os interesses, as dedicatórias durante a nossa vida. Lembro que uma vez entrei numa fila para pegar o autógrafo da Leca, do BBB, a qual autografou uma plaibooy...para o meu filho, além disso, o autógrafo do Darlei...esse tipo de coisa, que é importante deixar marcado. Fora isso, os momentos de verdadeira integração, da entrega e da satisfação em poucos e grandes momentos que vale a pena ser registrado. Guardei em um baú secreto, além de calcinhas de algumas fãs, retratos em branco e preto, dedicatórias, e cartas, muitas cartas, numa época em que o oorreio era nossa única opção. De tudo isso, o que as pessoas achavam da gente tanto de bom, quanto de ruim, de interesses afetivos e emocionais que resplandeciam do fundo da nossa alma, uma época que ficar, signficava casar. Fora isso, certificados, troféus, e nomes que podem permanecer em algum lugar esquecido no passado, mas acho que nada supera e define melhor a nossa passagem do que os nossos pensamentos escritos e revelados, a nossa constatação de que como a gente encarou a nossa vida aqui e o que a gente pensava em termos de tentar ser uma pessoa que estava a frente do nosso tempo, com atitudes visionárias e que tenham como referências os que os antepassaram nos deixaram de bomm, incorporados ao que percebemos ser o certo para aqueles que quiserem ter a mesma capacidade de ter os mesmos pensamentos e criar novas atitudes de pessoas humanas melhores e mais felizes.

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