sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Aconteceu em Torres...

Aconteceu em Torres Foi no De rose se não me engano, pela Cobrastur, nos instalamos por lá, com outros amigos e filhos, nada demais, mas quando escutei aquela voz, não pude deixar de me encantar, sensação melhor do que aquela foi quando fui à uma praia, nem me lembro o nome, cantar num videokê, deixava minha mulher e filho no quarto do hotel e lá me ia, beber e cantar até boa parte da noite. Lembro que estava numa fase difícil, sempre tinha as cobranças de outros lados, o que eu estava fazendo bebendo e fumando na mesa de um bar...eu poderia dizer que por causa disso, tive que viajar 700km num carnaval por promessas de outrora, coisa que qualquer homem sensato não teria capacidade de se meter, ainda participante de outro aniversário de volta, com luau e tudo...o pior é o teu amigo do peito dizer que não vai poder ir porque a afilhada dele estava grávida e não conseguia administrar esse tipo de situação, teria que ficar na cidade para conseguir entender aquela traição...coisas que nos tempos de hoje são incabíveis, tanto que ela ficou grávida de novo, é ainda é do mesmo. Sei que o nome dela era Rosana, a cantora de Torres que cantava durante anos no mesmo bar, com acompanhamento, depois com a bateria eletrônica apenas. Ela era dona de uma voz poderosa, às dez da noite eu ia para o bar, beber, fumar um cigarrinho e ficar escutando aquela delícia de voz, quase todos os dias que passava veraneando naquela cidade. Lembro que as músicas que ela cantava da Joana, eram demais, um interpretação mágica. E lá ficava pensando e meditando sobre os projetos de vida e das necessidades de realização pessoal, profissional e com casamento e filho acompanhando todo aqueles tempos. Não me lembro muito bem porque eu não quis evoluir de uma forma superior, acho que faltava mesmo era incentivo e grana para as coisas acontecerem, faltava mesmo era vontade, determinação e o mais importante, o que sobra demais hoje em dia: a coragem. Sei que depois de muito tempo, estava de férias, e acompanhei uma amiga numa viagem pelo litoral, e como presente, numa das noites, em Torres, num bar na beira da praia, lá estava ela cantando, e não deixei passar dessa vez a oportunidade, convidei minha amiga e fomos a pista de dança, ao som da minha cantora preferida, com o seguinte pensamento, nunca mais pode ser uma palavra que não devemos usar, mas achei que depois daquele momento, certamente não a encontraria novamente. Procurei até na internet para saber o seu paradeiro, nunca mais obtive resposta, queria ouvi-la mais uma vez, se possível dançar novamente, mas as coisas mudaram radicalmente, a mulher virou ex¬-amor e o filho criou asas, as amigas também seguiram seus caminhos e suas inspirações emocionais. Várias vezes voltei à Torres, continua minha praia preferida, aquela paisagem inspiradora, momentos de lazer e prazer, mas nada comparada aquele passado, onde eu estava a procura de um conhecimento maior, através da música, da noite, das estrelas, da voz e da sensação de desejo realizado, renovado para um próximo ano de muito trabalho e esperança de que o ano que vem fosse novamente assim.

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