Em até 120 dias, uma nova etapa do BikePoa será apresentada à população,
com bicicletas novas e estações readequadas. O contrato foi assinado nesta
quarta-feira, 4, pelo prefeito José Fortunati, pelo diretor-presidente da
Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, e pelo
presidente da empresa Samba Transportes Sustentáveis, Ângelo Leite. O ato reuniu
autoridades, imprensa, ciclistas e estudantes no auditório da EPTC.
Fortunati destacou a forma como o uso da bicicleta aumentou depois da
implantação do serviço na Capital, melhorando a relação entre ciclistas e outros
condutores. "O BikePoa é um sucesso, uma referência e veio para ficar. Estamos
qualificando o serviço com as melhorias exigidas no novo edital de licitação, o
que vai tornar o nosso modelo o melhor sistema de bicicletas compartilhadas do
Brasil", disse o prefeito. Ele explicou que a principal novidade é que todas as
40 estações do sistema de bicicletas compartilhadas terão wi-fi, com internet
livre para os usuários empregarem o aplicativo do BikePoa em seus smartphones.
Além disso, as bicicletas novas terão faroletes dianteiro e traseiro, dando mais
segurança aos usuários.
Com essa nova fase, serão 400 bicicletas em circulação, permanentemente,
mais os veículos de reserva. Anteriormente eram 400 no total, mas quando algumas
iam para manutenção a oferta reduzia. Cappellari ressaltou que as melhorias
podem ampliar o número de usuários. “Além de termos uma oferta maior de
veículos, o wi-fi nas estações facilita para quem não tem plano de internet, mas
tem um aparelho de celular. Vai agilizar e trazer muita qualidade ao serviço,
que foi abraçado pela população e contribui para o deslocamento de muitas
pessoas”, afirmou o diretor-presidente da EPTC. Também será possível a liberação
de bikes com a utilização de um cartão magnético específico do sistema.
O presidente da empresa que opera o sistema lembrou que Porto Alegre é uma
das cidades com maior aceitação e utilização das bicicletas compartilhadas.
Desde sua implantação, já foram realizadas 775 mil viagens e 169 mil cadastros
no site. “A bicicleta pública faz parte de Porto Alegre. A assinatura do
contrato é a consolidação desse projeto e da relação sólida da capital gaúcha
com esse meio de transporte”, concluiu Ângelo Leite.
A gerente de Relações Governamentais e Institucionais do Itaú, Simone
Gallo, explicou que, mesmo num momento de crise, quando os patrocínios em outras
cidades do Brasil foram suspensos, a grande demanda pelo serviço em Porto Alegre
fez com que a empresa decidisse continuar investindo na Capital. “Resgatamos a
bicicleta, um meio de transporte que estava esquecido nos últimos anos, e
tivemos uma surpresa em Porto Alegre, que tem um dos mais altos índices de
utilização. É uma forma de devolver à comunidade o investimento que ela faz na
empresa”, afirmou.
Sobre o BikePoa - Os valores seguirão inalterados, R$ 5
por dia e R$ 10 o passe mensal, durante os cinco anos de contrato previstos na
licitação. Com a licitação, a empresa responsável pelo sistema terá de atender a
índices de qualidade, como tempo de recomposição de bicicletas e vagas livres
nas estações, assim como compartilhar as informações com a EPTC, que vai
fiscalizar o serviço. O BikePoa iniciou no dia 22 de setembro de 2012 e operava
via manifestação de interesse, sem custos ao município.
Redução dos acidentes - O incentivo ao uso da bicicleta
gerou uma maior visibilidade aos ciclistas e, com isso, uma maior convivência
com os demais condutores. O resultado é a redução na acidentalidade que vem
acontecendo gradualmente em Porto Alegre. De acordo com a Coordenação de
Informações de Trânsito (CIT) da EPTC, em 2012, ano da implantação do BikePoa,
290 ciclistas sofreram acidentes; em 2015 foram 213, uma redução de 26,5%. O
número de feridos caiu de 287 em 2012 para 214 no ano passado (-25,4%), e o de
vítimas fatais reduziu de cinco para três (-40%).
Os dados dos quatro primeiros meses de 2016, na comparação com o mesmo
período de 2015, apresentam uma diminuição de 24,44% nos acidentes envolvendo
ciclistas (de 90 para 68). O registro de feridos caiu 19,05% (de 84 para 68). O
número de vítimas fatais se manteve. Uma morte no período neste ano e também uma
morte entre janeiro e abril de 2015.
Texto de: Melina
Fernandes
Edição de: Jandira Davila Feijó
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
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