segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Tia Rita

Tia Rita Pois agora há pouco eu me vi pensando na minha tia Rita, ela morava no Jardim Botânico, quando ralei o dedo numa festa de aniversário na casa dela; outra vez, almocei por ali, porque naquela época sem celular, o bolo que acontecia era de natureza das mais gigantescas. Mas me desentendi com a minha tia porque naquela época o filho dela estava me atucanando com a brincadeira do cuspe, eu me ofendi e ela também, tomou as dores do filho, foi uma furada daquelas, mas por incrível, aquilo nos aproximou de uma certa forma vazia, ela nunca mias me olhou da mesma forma e eu procurava uma forma de me redimir daquilo que aconteceu no passado, parece que mexeu com o meu caráter, a minha personalidade, de como eu era visto pelos outros, depois disso eu acho que no âmbito familiar eu não fui visto muito bem, mas eu sou capaz de pensar, pelo temperamento dela, que aquilo ficou entre nós, não tenho como saber. a achava diferente de todas, era uma mulher com semblante diferente, de opinião, e muito, mas com uma cara muito antipática, ela devia ser bonita quando mais nova. Ninguém pitava com ela, por causa da cara dela; fui no casamento do filho dela, lembro que além de grana eu dei Vale Refeição, que não era pouca coisa da empresa que eu trabalhava naquela época, talvez como forma de recompensá-lo, pelo passado. Aquele rapaz era meio estranho, mas dizem que o casamento fez muito bem para ele. Aquele casamento dancei com a filha da Vera que devia ter uns dez anos, foi um par que me lembro até hoje. Mas o assunto não tem a ver com a minha tia, mas sim com a Ritalina, que é utilizado por muitos em por tantos contra a inquietação, para a pessoa ter foco, se ligar, vista como a droga legal que ameaça o futuro, estimulante do sistema nervoso central, uma bomba nos dias atuais, para os vários tipos de consumidores. Tenho alguns casos de família que poderiam se valer disso, por que eles realmente necessitam de uma postura mais adequada a nossa realidade, de quem nos observa sem que ao menos a gente perceba o que se passa na nossa volta. Sei que a Rita é tida como uma droga perversa, pois era trabalhada para ser usada apenas para distúrbios do sono, mas acabou se proliferando entre todos aqueles que precisam de uma certa dose de “pé no chão”. Acabou por atingir os hiper-ativos e os com defict de atenção, que contraponto hein? Tem um filme inclusive sobre esse poder que determinado remédio pode causar as pessoas, de ser um super, estar além do seu próprio limite e viver em plena intensidade consigo mesmo, a pessoa para o tempo inteiro se testando e verificando e criando todos os novos caminhos que levam ao resulado; mas toda medicação tem efeito colateral, que acaba por deixar a pessoa dependente, atrapalhando assim outras funções: dor de cabeça, sensação de opressão no peito, taquicardia, perda de apetite, ansiedade, boca seca. A frase de que ”Pílulas não ensinam habilidades”, já ouvimos falar na Internet, especialmente com organização, planejamento, cumprimento de prazos, auto-controle, equilíbrio emocional, capacidade de relacionamentos, entre outros. Novos hábitos e formas de agir aparecem. Remédios que aparecem efeitos milagrosos são realmente perigosos, assim como o próprio Viagra é usado por gente jovem , sem necessidade de se expor, sem necessidade, é o pensamento colocando em dúvida a capacidade do corpo. O assunto é sério porque existem pessoas que são reféns da sua falta de concentração e do seu déficit de inteligência. Inteligência essa que foi seqüestrada em algum momento no passado obscuro do pai e da mãe, seja por qualquer motivo, tenha acontecido essa debilidade, ou o casal já estava passado na hora da concepção, ou o pai fumava e bebia, ou a mãe era dependente de drogas, ou os dois estava condicionados a esses elementos e não procuraram ajuda médica profissional com experiência para que os mesmos pudessem agir, para que os filhos fossem tidas como pessoas normais. Até para não fazer nada a gente precisa de concentração e estar condicionado para aceitar essa situação e como projetar os novos acontecimentos que se criarem a partir dessa premissa.

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