quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Impor Limites

Impor Limites

Essa questão de impor limites vem de muito longe. De tão longe que a gente nem sabe como é que acontece. Eu fui criado numa educação rígida, levei uns tapas daqui, outras chineladas dali, mas criança vai testando a nossa paciência até onde dá. Nunca quis demonstrar a minha autoridade porque as pessoas podem entender mal o tipo de relacionamento dos pais com os filhos. Eu sempre fui da teoria de que melhor uma criança bem educada do que um adulto sem estrutura, perdido, inconseqüente e intempestivo e que chora por qualquer coisa. Eles queriam reunir a família, viajar e passar por momentos alegres e felizes, eu detestava, porque enquanto eu educava para deixar um adulto melhor, os outros preferiam estragar tudo, preferiam contratar um psicólogo depois, de que a vida se encarregaria de fazer o resto, e a gente que agüente. Esse tipo de educação a pessoa tem que ficar isolada porque é um perigo para qualquer outra pessoa, não se trata da esquizofrenia, até porque isso também tem remédio, elas mentem, enganam e se fazem de vítimas,
As pessoas não entendem que precisam dar limites para os filhos, de que existem regras e que devem ser cumpridas, e que fechar os olhos, vai deixá-los pior para a vida e para o convívio com as outras pessoas, de que vários sofrimentos e constrangimentos acabarão por deixar as pessoas tendo que lidar com esse tipo de gente, de que os tempos muraram e agora, não será mais possível pensar que só o amor resolver, porque os relacionamentos continuam depois e que esses casais também terão filhos que certamente vão levar um pedaços dos seus pais e do que eles fizeram e que eles atingiram no passado.
O pior de não dar limites e tentar estragar aqueles que tem o seu limite certo é que terão que se adequar a ver uma vida de seus filhos tentando consertar os erros do passado, cometido pelos próprios pais. Se a educação foi bem realizada, os filhos seguiram o caminho normal, e vão se adaptar melhor a evolução das coisas profissionalmente.
Lembro que até poucos anos atrás eu sempre era considerado o “tio que não gostava”,  o tio que tinha que ter respeito, o chato, e lembro que meu irmão também era considerado assim, “chato”, “exigente”, queria resultados e teve, o filho dele é médico, o meu Administrador, já trabalhando. O resto ainda perdido tentando entender o que ocorreu no passado, e porque merecem uma vida privilegiada na casa dos outros, não sabendo que atrapalham a vida dos que tem que continuar as suas próprias vidas.
Todos gostam de conviver com crianças que saibam entender seus limites e até onde elas podem e devem participar com opinião e desejos, desde que não fiquem pensando que isso é o certo, porque não é. Educação é coisa séria, não é só responsabilidade dos pais e da escola, é de todos os pais quando pensam que a sua educação é irrelevante quando os mesmos precisam conviver com os outros.
  

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