sábado, 3 de dezembro de 2016

O que o abraço da Dona Ilaídes nos ensina na tragédia da Chapecoense

Eu acho que isso nos ensina a dizer as pessoas que realmente gostamos do quanto elas são importantes para nós, e isso deve ser dito não apenas num adeus, num funeral ou num afastamento, deve ser dito sempre, sempre que for possível, das horas mais próprias até as mais impróprias, daquelas que num momento de tensão e de intenso conflito e de sofreguidão ou de dúvidas, está na hora de dizer o que se pensa e sente, que nós, que somos cheios de incertezas, ter a fidalguia ou a majestade de dizer, de se entregar sem medo ao que uma palavra, um gesto ou um olhar é capaz de fazer entender. O resto é apenas viver com as palavras que foram ditas, daquelas que nos emocionaram, das que nos fizeram acreditar que mesmo com a perda, era muito mais aceitável saber-se querido, amado e lembrado em todos os momentos que se fizeram aparecer, em qualquer situação, em qualquer lugar e enquanto a vida permitir que isso aconteça.

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