segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

A desordem familiar



“Muito já falei do drama dos desencontros humanos, um deles sendo aquela hora em que a gente pronuncia a palavra que vai causar um tumulto, ou um pequeno arranhão, nos sentimentos de quem a gente não queria ferir. Anos depois, esse alguém nos interpela; “Lembra aquela vez  em que você me disse isso? Pois até hoje me dói”.

A gente reage: “Mas como? Quando? Eu nem uso essa palavra, e jamais te diria uma coisa dessas!”.
Tem também a hora que devíamos nos abrir e falar, o outro precisando de colo, mas, tímidos ou desatentos, engolimos o que poderia ter feito um bem, evitando um dano – mas houve apenas silêncio. Nas duas ocasiões não foi por maldade. Foi porque a gente não sabia. Faz parte das dificuldades de se relacionar, seja entre amantes, pais e filhos, amigos, colegas, chefes e funcionários”. Lya Luft



Nelsonpoa:
Parece que nossa família é movida a sentimentos tipo 08 ou 80, ou a paixão é avassaladora ou é destruidora, e os sentimentos se misturam e se confundem porque tudo é cercado de uma grande nuvem que é a parte financeira, onde essa parte se comprime todo o resto fica comprometido. No final a paixão acaba superando tudo e aquilo que parecia acabar em confusão vira uma grande emoção e um reatamento de tudo que antes parecia impossível. Quando a paixão é desfeita qualquer um de nós passa o rolo, o que terminou já era, mesmo que não tenha terminado da forma correta, o amor transcende a razão e tudo vai como se fosse uma cachoeira de lama, alguma coisa sem sobrevive, num turbilhão de emoções, cansados de dizer a mesma coisa, falamos de forma diferente para não ofendermos mais ninguém.   Fico pensando se é possível fazer uma análise, mesmo que abstrata do que se passa depois que somos contaminados com a decisão já feita, de não voltarmos atrás. As mulheres também têm o seu lado correto, usam a razão tanto que aquilo que deveria ser uma alternativa de novo relacionamento, acaba passando por um vestibular de tendências, ninguém quer se arriscar com o que não sabe. Quem já veio de um relacionamento movido a manias e interesses, quando se depara com uma nova metodologia de relação acaba se encontrando mesmo é numa grande arapuca, a pessoa precisa, depois que se separa, por causa de outra mulher, ter a certeza que aquilo é na verdade o que deveria ter acontecido antes do seu relacionamento vigente, uma grande cachoeira de enganos. A idade, a experiência e a razão contam muito nessa fase. O que Lya nos ensina é que temos que ser mais vulneráveis em todos os nossos sentimentos familiares, de buscar uma nova oportunidade e dar a chance que alguém queira se mostrar como sendo o velho travestido de novo, não é para qualquer um.

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