Ficou assim: ela não estava quando cheguei, fui recebido pela filha mais velha, que estava em casa. Ela chegou, eu levantei, beijei-a meio sem jeito de como seria recebido e ela disfarçando na frente da filha. Enquanto a filha se preparava para sair, eu mostrava as fotos do aniversário do Clodoviu, que acabei entregando hoje pela manhã, antes de vir para o trabalho. A filha saiu e ela ficou sentada na cadeira do computador, na minha frente olhando para mim, sem dizer uma palavra. Falei sobre amenidades e logo o assunto esgotou, ela continuou impassível, aí o papo que eu preferia evitar, começou. Ela sabe que eu não tive natação em julho, tocou no assunto de leve e esperava que eu falasse, mas eu não comentei nada, pois eu tinha decidido que usaria esses dias, digo, noites para ficar em casa, nada mais. Chegou até a insinuar que eu tivesse outra (que barbaridade!!!) e estivesse dando escapadas (outra barbaridade...) e eu respondi que antes de me relacionar com ela, minha vida sempre foi regrada e tu sabes muito bem que eu não me envolvi com ninguém.
Eu reclamei do comentário ou ameaça que ela me fez dizendo que não gosta de se relacionar com alguém (entendimento dela) que faz tudo e a deixa por último na relação de prioridades, mas eu respondo sempre que não é por mim. Como fazê-la entender as broncas que a família me bota e eu tenho de sair correndo para resolver? Tu mesmo sabes daquela vez que minha prima me ligou de Recife de Fora, pedindo para depositar dinheiro na conta dela, pois perderam o avião e as vezes que eu tive de pagar as contas atrasadas do meu ex-cunhado e da minha irmã de Gravataí que deu um rombo tremendo com a inadimplência dela!!
Resumindo, ela amainou um pouco, mas eu estou na mesma situação do César Cielo, recebi uma advertência. Cheguei a pensar em acabar com o namoro ali, mas lembrei da formatura amanhã e resolvi levar mais adiante, só que sinto algo dentro de mim que me diz para voltar àquela vidinha de solteiro...
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