sábado, 15 de agosto de 2015

J.J. Camargo: essa senhora, a velhice

"Convidado a debater sobre qualidade de vida para uma sociedade de velhos ativos e inteligentes, percebi que era inevitável falar de velhice e que descobrir vantagens desta condição era o primeiro passo para conquistá-los. " J.J. Camargo É que dos 18 aos 45 a gente enfia o pé na jaca, literalmente. Fuma, bebe, cheira, não come direito e não dorme direito. Depois tem que correr atrás. A gente antes da internet era muito mal informada e a medicina não estava tão evoluída como nos tempos atuais, Homem para ir ao médico, só arrastado, era pior do que ir a dentista. Meu irmão foi aprovado num concurso aos 56 anos, primeiro lugar e tinha apenas uma vaga para o cargo de engenheiro. A administração, provavelmente achando que ele era velho, deixou para chama-lo no último dia da validade do concurso. Faz mais de três anos que ele exerce o cargo, e ele diz que trabalha muito, que a empresa pública é um desafio com muitos objetivos a serem superados por ela mesma. Certamente irá se aposentar com a PEC da bengala. Esse mesmo irmão me diz que alguns amigos dele se foram porque deixaram de continuar a dar o seu melhor, de ter objetivos e de se manterem ativos até o máximo possível das suas vidas. Andar de ônibus, estacionamento reservados, cinemas, teatros, futebol, poder pagar meia-entrada é como um prêmio por ter chegado em determinado momento da vida em que se diz: "Agora tu é responsável por espalhar o teu conhecimento e a experiência, mostrar os atalhos, para que os mais jovens sigam os exemplos no que está por vir, e é disso que precisamos, de exemplos".

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