quinta-feira, 12 de março de 2015

Telegrafista

Telegrafista Meu pai era telegrafista, na época do Telex, profissão difícil. Alceu Collares, também foi, eram colegas. Depois passou para ser operador de rádio transceptor, esse tipo de coisa, enquanto Collares foi estudar para ser advogado. Eu fui digitador, num tal de Concentrador de Teclados, que não se enxergava nada do que se digitava, acho que pior do que isso, só o cartão perfurado. Pois então, chegamos a viver nessa época, onde para se conseguir um telefone só com propina ou coisa parecida, pagando por fora, demorava-se anos para se ter um telefone fixo, coisa séria mesmo, hoje a CRT está por conta da OI, acho que com aquela estrutura ainda, um desastre total, parece que até a RBS tem um pedaço dessa companhia, campeã em reclamações pelo Procon. Essa estória aconteceu porque a gente não tinha telefone fixo ainda, Celular era como sinais de fumaça. Para se conseguir um a gente tinha que entrar na fila, quando a companhia colocava a venda e a gente tinha que fazer em 10 vezes. Mas sei que, naquela época, minha mulher estava levando uma tia que precisava fazer uns exames na PUC e combinou com o meu cunhado de que ele pegaria as duas ao meio dia para trazê-las para cara, para ela poder ir trabalhar. Sei que eu estava em casa, esperando por ela, já eram uma hora e eu precisava trabalhar, estava cozinhando e a comida pronta, quando me dei conta que era melhor eu ligar para o cunhado para saber o que houve com as duas. Desci do apartamento e peguei uma ficha telefônica, fui para o orelhão e liguei para ele, o fulano, o que aconteceu com a dupla? Só escutei o PQP!!!!! Não escutei mais nada. Nem pombo correio a gente tinha para nos salvar, dinheiro para táxi então, não existia no mercado: que fase!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, se você tiver coragem...