segunda-feira, 9 de março de 2015

ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO

ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO Se não me engano foi pelos anos de 1994/95, a gente estava ouvindo falar em Re-engenharia e agora estava se falando em Re-Administração. Depois vieram outros tantos termos de chamada como A Nova Ordem econômica e Social, empresas como a Petropar incentivavam essas palestras, de se re-inventar novas fórmulas para aquilo que a gente conhecia, como Qualidade Total, modelos japoneses e novas alternativas para o Taylorismo. Até aí a gente estava indo na onda e tentando nos ajustar e achar o melhor modelo, foi quando assisti uma palestra em um auditório de uma autarquia, sobre terceirização. A implantação do modelo de FHC na coisa pública, de que não era mais possível adotar aquele modelo como estava sendo gerenciado, existia a necessidade de mudar. Ouvi com toda atenção e terminei a noite perguntando qual era a diferença substancial dos modelos e quanta economia se teria um em relação ao outro. O que iria acontecer de fato é que o estado iria entregar para iniciativa privada a realização dos serviços que eram de sua responsabilidade, e que se faria através de contratos e que a administração iria pagar para que o serviço fosse executado. Acho que isso aconteceu antes da compra incinerador que não pode ser utilizado, pois feriam as questões ambientais, não sei quanto foi gasto naquele equipamento que foi importado. Me lembro que eu só pensava: quem vai fazer o serviço? Uma empresa de fora? E o que me interessava era saber dos números, quanto de economia a prefeitura iria ter e acho que até hoje não sei ao certo, mas aqueles contratos com empresas não me cheiravam bem, e até hoje não consigo entender como várias funcionários adquiriram tanto em tão pouco tempo, enquanto os funcionários de carreira, passavam uma vida inteira juntando seus trocados para quando chegasse na aposentaria poderiam desfrutar de uma situação melhor, sem ostentação. Durante esse curto período percebi que muitos funcionários que tinham questões políticas muito presentes com as empresas estavam numa situação diferente das dos demais, porque isso não ocorria tanto em determinadas épocas? Na realidade depois que o poder público se desfez da realização de ter para si a capacidade de realização dos trabalhos, tudo isso acabou numa grande moeda corrente de possibilidade de propina e ganhos de licitação que não aparecem durante o processo, até porque as planilhas precisam ser conferidas e assinadas, ou seja, os dados ainda podem ser manipulados. A pergunta que ainda me faço, é de quanto o estado gasta com a terceirização em relação o modelo anterior, com funcionários concursados e infra-estrutura toda bancada pelo aparelho estatal. Ainda acho que a economia de um em relação ao outro é na ordem de no mínimo 50% se a administração voltasse a realizar os serviços. Como exemplo, pode-se pegar o rendimento da praça de pedágio, por exemplo da RS-040, que voltou para mão do governo. Os valores arrecadados pela empresa que trabalhava naquela praça dava para manter além dos funcionários, que não eram concursados, dava, com certeza, para manter toda a estrada, duplicar, manter e arrumar toda RS-118, na sua totalidade, num espaço de seis meses, tanta é capacidade de arrecadação daquele espaço, impressionante! De qualquer forma, esse dinheiro a partir do momento que entra, vai para o caixa único e aí se perde num labirinto de outras dívidas que não tem nada a ver com aquela praça de pedágio. Além dessa questão ainda temos o seguinte a questionar, de que no momento que não se tem mais funcionários que fazem parte da folha da administração direta ou indireta, então como é que ainda temos questões como a Lei de Responsabilidade Fiscal vigorando, já que somente empresas e tão somente elas gerem os contratos que antigamente os funcionários realizavam? Talvez nem o governo se dê conta de que funcionários numa época de terceirização e tecnologia da superação, deviam apresentar resultados melhores do que ainda hoje está em suas mãos de fiscalizar.

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