Balas, pipoca e
celular no cinema
Gosto muito de
cinema, e freqüento vários locais, como shoppings, por exemplo. É no cinema que a gente se
apaixona pelos filmes, ou melhor pelas histórias, e acaba formando e idealizando, em cima da nossa própria personalidade, os sentimentos que existem dentro de nós mesmos, enfim, nos emocionamos até com nós mesmos, com a nossa capacidade de nos purificar. É um sentimento que às vezes não é possível de explicar,
acontece. Mas foi no Guion que aconteceu o fato, raramente utilizo o celular
dentro do cinema, e aquele dia, a sessão estava começando, direto, sem os
trailhers que sempre acontece, e estava terminando de passar uma mensagem pelo
whats, necessária naquele momento, quando a menina me abordou e pediu que eu desligasse o celular,
como que imediatamente; estava acompanhada, cruzei por eles na hora do café, depois de
pegar o refrigerante e a pipoca, provavelmente estavam chapados, pela agitação
que chegaram ao local, eu vi, mas não me importei.
Geralmente nos
shoppings é que podemos escolher os lugares, procuro o isolamento, é nesses
lugares, que encontro a paz necessária, raramente vejo problemas nas sessões,
quanto a balas, celulares e pipocas, eu posso inclusive roncar, quando o filme
está chato, um cochilo, no cinema, no ar condicionado, não vai fazer mal a
ninguém. Cinema não é que nem Lan-house, que necessita inclusive de um estudo a
parte, que tem que freqüentar realmente está muito mal de internet, impressora,
ou não conhece quase nada de informática é um dependente virtual, tem cada figura.
Se não me engano
o nome do filme era Uma Nova Chance para Amar(com aquela atriz do “Meu querido
Presidente”, com autação de Michel Douglas: Annette Bening, um filme que faz
parte daqueles que a gente não cansa de ver). O filme até que valeu a pena, mas
a situação foi muito desagradável, e só ocorreu porque eu estava de chapéu,
estava sozinho e naquele cinema. Em outras condições a pessoa não teria a
capacidade de sair da sua poltrona e ir lá exigir que a pessoa desligasse o
celular, como se quisesse protestar e como se aquilo fosse resolver como todos
os seus problemas, saíram o mais depressa possível quando acabou a sessão.
Achei que no
princípio que aquela sessão ia terminar em barraco, mas o pior é de que eu
sairia como culpado, não teria razão. Durante todos os filmes que já assisti na
minha vida, acho que foram muitos mesmos, uma exceção, mas era necessária, não
tinha como evitar. Com a pipoca e o refrigerante em copo, vou ter que sair para
terminar de passar a mensagem? Enquanto ela falava comigo, consegui enviar a
mensagem.
Diante disso, existe
uma diferença muito grande nessas questões que envolvem o cinema e seus
freqüentadores, uma questão apenas de educação e de postura. Essa idéia idiota
de que tudo é errado e que devemos estar totalmente isentos dessas exceções deve
ser bem avaliada, aquela sessão quase não acabou bem e por pouco não acabou em
confusão, não gostei daquela inserção, apenas isso, não gostei mesmo, Logo naquele cinema, que tem uma característica peculiar,além de ser
caro, ser freqüentado por pessoas de uma estirpe diferenciada.
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