sexta-feira, 20 de março de 2015

Amour

Ontem a RBS mostrou uma reportagem sobre esse cidadão, Fábio Lujan Santos e a sua esposa, que está com Alzheimer, 43 anos de casado.Fez-me lembrar do filme aquele: “Amour”, que quem viu deve-se lembrar que não teve um final feliz, como todos imaginavam que iria acontecer. Como o Sr. Fábio diz: “com o passar do tempo o amor só aumenta”, é uma forma, sem dúvida, de mostrar o amor incondicional que ele tem pela mulher, com quem compartilha desse momento tão difícil, que veio apenas se mostrando cada vez mais perverso, e ele ali, lutando para preservar o bem maior, o amor que esteve presente durante todos esses anos. Essa é uma doença cruel porque ataca todo a história do paciente, ele não pode saber o que está acontecendo porque não se lembra de quase nada e do que se lembra acaba esquecendo e ficando totalmente dependente das outras pessoas. Tenho um amigo que cuidou da mãe por uns dez anos, depois descansaram os dois, ele leva uma vida hoje aproveitando todos aqueles momentos que deixou para trás, abdicando e se doando para sua própria mãe e deixando o resto de lado, é um amor que não tem como explicar. Só sei dizer que o caso do seu Fábio não deve ser único, mas ficamos admirados, quando o Homem faz o papel inverso, de que geralmente caberia a mulher, e eles têm se mostrado tão competentes quanto elas para desempenhar esse papel na sociedade e na família, se mostram tão amorosos e carinhosos, demonstrando um amor que transcende qualquer tipo de outro sentimento que os dois possam ter, é a resposta da vida, quando a outra vida tenta se fazer presente.

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