domingo, 19 de junho de 2016

Voo solo: cada vez mais mulheres se aventuram a viajar sozinhas

"O mesmo ocorreu com a policial civil aposentada Juçara Martins, 58 anos. A primeira passagem aérea sem o marido na poltrona ao lado foi comprada em 2010 para um destino diferente do que estava habituada a conhecer. Passaria 27 dias entre Istambul, Turquia e Grécia para, no retorno ao Brasil, ser acompanhante de uma amiga com problemas de saúde. Ao embarcar para a aventura, já na fila do detector de metais, começou a chorar intensamente e cogitou desistir:
– As pessoas me olhavam e deviam estar pensando: “Coitada, só pode estar indo para o enterro de alguém” – recorda Juçara (foto abaixo). – A primeira vez, a gente vai morrendo de medo, mas temos que enfrentar. Eu achava que não tinha coragem. Mas a gente volta poderosa. Provoca muita surpresa e espanto nas pessoas o fato de eu viajar dessa forma. Quando comento isso, viro assunto da roda."Também a publicitária e blogueira de viagens Lala Rebelo, que viaja sozinha desde os 15 anos, já visitou mais de 55 países e teve uma experiência negativa em 2009:
– Estava sozinha no último vagão do trem de Cergy-Pontoise a Paris. Fui cercada por seis homens. Fui livrada de algo extremo, mas lembrar disso me estremece até hoje. Fugi e chorei rios. Minha sede de explorar o mundo poderia ter ido embora com as lágrimas, mas não foi. Infelizmente, continuamos à mercê daqueles que acham que podem fazer o que quiserem com as mulheres – avalia Lala.
Nesta reportagem, listamos dicas – de segurança e de destinos – de mulheres que venceram a timidez, o medo e as reações alheias de surpresa de amigos e familiares e carimbaram o passaporte sozinhas.
Perfil de quem viaja sozinha
• 93% das mulheres que viajam sozinhas costumam ler avaliações em sites de viagens ao planejar um roteiro.
• 61% delas costumam comparar preços e efetuar a reserva de hospedagens pela internet.
• Destinos nacionais são os preferidos para viagens sozinhas, porém a Europa é a queridinha no Exterior.
• A segurança é um fator que as mulheres levam em conta: 61% dizem que evitam lugares desertos e 45% procuram não se comportar como uma turista típica.
• As atividades favoritas dessas brasileiras são atrações culturais (88%), gastronomia local (70%) e compras (48%).
• Quando acompanhadas, 66% das brasileiras viajam constantemente apenas com amigas ou familiares do sexo feminino, seja por terem os mesmos gostos (57%) ou para se reaproximarem (51%).Segurança em primeiro lugar
Com 27 anos, a blogueira Lala Rebelo já esteve em mais de 50 países () e elabora roteiros para outros viajantes. Após a notícia da morte de duas turistas argentinas que estavam em férias no Equador no início do ano, ela elaborou um pequeno guia de cuidados para alertar outras mulheres que querem viajar sozinhas.
• Planeje muito a viagem e pesquise bem hotéis e albergues (principalmente sua localização). Tente achar comentários de quem já foi (amigos e blogs confiáveis).
• Se tiver o intuito de conhecer gente, procure opções de hospedagem mais jovens, que tenham um bar, por exemplo.
• Procure passeios e tours que não sejam privados, para estar rodeada de outros turistas, o que é mais seguro e também favorece a socialização.
• Tenha sempre um mapa em mãos e uma ideia bem definida do que planeja fazer na viagem, e antes de aceitar qualquer sugestão de programação, pesquise para saber do que se trata.
• Evite estar em parques e ruas desertas à noite.
• Conheceu gente nova? Por mais legais que eles pareçam, opte por encontros apenas em lugares públicos, com mais gente ao redor.
• Leve vários tipos de meios de pagamento (cartão de crédito, dinheiro vivo, cartão de viagem pré-pago etc.) distribuídos em diferentes esconderijos (um pouco na carteira, outro na mala e algo na pochete interna). Isso ajuda na hora dos imprevistos.
• Antes de partir, deixe seus familiares ou amigos cientes do seu itinerário.
• Tente usar roupas conforme os costumes do lugar. Pesquise como as mulheres se vestem para também se vestir de acordo e, assim, não ofender ninguém.
Nelsonpoa: Fico pensando o que leva uma mulher a viajar sozinha e me lembro de um filme com a Juliette Bincohe, Mil Vezes Boa Noite, onde ela é uma fotógrafa, repórter, em Cabul, no Afeganistão, uma coisa doida, aquilo que está no nosso mais profundo âmago, de onde a nossa capacidade de enfrentamento e curiosidade é capaz de nos levar, a gente não anda sozinho mais nem na nossa cidade, porque tem medo, por melhor que ela possa ser. O importante é ter dinheiro e com ele poder se movimentar nos lugares de uma forma muito mais rápida e segura. Minha mãe viajava muito, nunca sozinha, sempre viajou com meu pai, e eles faziam uma dupla muito boa, nesse quesito, talvez noutros nem tanto, mas eles conseguiam fazer as coisas de acordo com a suas vontades, é uma pena que a mãe não trabalhasse, poderiam ter conhecido a Europa e outros lugares do mundo a dois, ou seja, os dois tendo valores para investir na ida e na volta. Viajar sozinho do tipo eu só me basto não dá, acho que nem para Homem, ir no cinema é possível, você sai de lá querendo entender porque dos fatos e o que aquilo pode agregar a sua vida pessoal e a sua própria personalidade, numa viagem você precisa comentar com a pessoa que está junto porque aquela cena lhe causou tanto espanto e as ocorrências acabando sendo vividas a dois, numa mais sairão da memória de qualquer um dos dois que seja, é um flerte com a História de cada um.

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