Jandira

 O que eu deveria ter respondido aquela noite? De que eu não tinha argumentos para desfazer qualquer tipo de situação que envolvesse quem sempre acabava por fazer e dizer merda que envolvesse a gente? De que o sobrinho tinha mais credibilidade e maior confiança nos próprios sentimentos dela? Eu achava de nada adiantaria mesmo após quase um ano. Eu gostaria de dizer que era mulher da minha vida, que eu me via sempre com ela no futuro, de que ela era uma mulher que deu uma um tapa na cara, quando agradeceu o tempo em que estivemos juntos, que foi de uma atitude bela e que mostrava o quanto ela tinha sido bem escolhida e que durou tanto tempo, mesmo as enormes dificuldades devidos aos rolos de família. Eu preferi seguir um outro caminho, que a gente deveria sair por aí, namorar e se desintoxicar, acabar por descobrir que aí fora, o romance descompromissado talvez fosse a melhor saída para nós dois. Durante muito tempo falei no nome dela, para família e para os amigos, com certeza era uma mulher que não admitiria outro tipo de comportamento como esse que falei, de sinceridade e gratidão.