terça-feira, 10 de março de 2020

A professora - parte 3

Essas mulheres que me mandas...
Pois então, isso é proporcional ao tamanho do rolo e do dinheiro gasto nesse investimento. A professora, no auge dos seus 62 anos, não perde para nenhuma dessas aí, em muitos casos era melhor, por isso, não deixa de ser uma fantasia, o ciúme que tinham dela, as mulheres em geral,  era porque ela sabia o corpinho que tinha e esbanjava isso quando se vestia. Uma vez, numa festa de Natal, na casa da irmão dela, colocou um degote de dar inveja à Sophia Loren, no auge da sua carreira, mas isso pode ter sido feito além, de ser para mim obviamente, pensando no marido da sobrinha que sempre foi seu foco principal, um amor platônico e impossível, ela não passava de uma degustação. Até a filha dela reclamou daquele degote, quando ela me perguntou o que eu achava, eu disse que ela estava o máximo, pensando que só eu poderia comer aquela mulher,  logo, uma mulher impressionante, escondida atrás de roupas inadequadas, posturas impróprias e maquiagem completamente em desuso. Depois, quando se deu conta do seu poderio, quando ela se pintava, os motoristas de táxi do centro de Viamão, não conseguiam deixar de olhar, mesmo na minha frente, como dizendo: "o que é isso?". Quando estava com 60 anos, encontrou o seu caminho, até dei uma mala para ela, achando que ela fosse viajar muito, para expor sua beleza e o resto também, nas palestras que daria, convencendo as pessoas que elas podem ser perfeitas e prosperar desde que mudassem de atitudes baseado no que ela dizia, eu sabia o poder de cura que ela tinha com terapias alternativas, logo, a prioridade dela é outra e eu sempre dizia nos últimos encontros, que eu estava atrapalhando, na verdade eu sabia o meu valor e não queria mais pagar um preço tão caro para ter uma mulher daquela com os rolos que ela trazia consigo dentro do seu pensamento e da sua alma, estava na hora dela se curar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, se você tiver coragem...