sexta-feira, 8 de maio de 2015

Passeando na estação...

"pois é, então eu estou incluída nos que não querem mais nada com nada, só se no meio do caminho fechar com alguém que valha a pena, mas assim sem procurar, se for coisa do destino, há muito tempo estou sozinha e nem sei mais como é fazer uma relação dar certo, nem sei mais como se namora, transar então nem sei o que é isso mais com uma pessoa normal, digo, um homem na essência, sei que para ter isso, tem um custo muito grande e eu não sei se quero pagar por esse custo Hoje vou tentar tomar vacina na empresa se ainda der, é de graça e a gente tem que se cuidar. Ontem fui no Clube da irmã, num Hpppy Hour em homenagem ao dia das Mães, mas a mãe pagou pra mim, porque era muito caro, achei a comida ruim e as apresentações sem graça nenhuma, eu estou muito exigente porque é assim que eu me sinto, depois que larguei o trabalho e resolvi seguir por conta da aposentadoria A irmã que organiza a festa e desfila as roupas de uma loja, deve ter algum convênio com ela, ou a dona faz um desconto para ela ou para o clube, ou é beneficiente somente e eu estou pensando sempre no resto, mas ela não pode fazer produções muito agitadas e modernas porque tem muita gente idosa daquelas que se reúnem para fazer doações e campanhas nos brechós da igreja, por exemplo, tem que ser festa para velhinhas, sem emoções, como acontecem nos cruzeiros onde canta o Roberto Carlos". Ah minha querida, quero te dizer que velhinha é a nossa especialidade, por isso eu ando tanto de ônibus, gosto das velhinhas, o jeito delas, como se arrumam, como desfilam na flor da idade. Aqueles ônibus da Carris então, linha C, eu gosto de andar neles porque só arrecada coisa boa no caminho, elas fazem a farra naqueles ônibus... Na verdade eu não tenho tido muito tempo para os desfiles e participar de coisas de graça e que aparecem de penúltima hora e tudo mais, tenho trabalho muito por fora, mas é com a terceira idade que eu me identifico muito, só não quero romance com elas porque elas são muito exigentes e tal, querem exclusividade e qualquer coisa já saem fora, são até meio grosseiras. Mas tem algumas que quando simpatizam com a gente... Aqui o pessoal tá botando o nome na lista para vacina, eu tô fora, porque faço a auto-imunização. Que bom quando a mãe ainda paga para gente, seria bom se a minha ainda fosse viva, talvez eu estivesse junto com ela até nesses momentos, me aposentaria e iria cuidar dela, tudo acontece de forma nada convencional quando a gente espera que assim o seja, na verdade ainda tenho muita coisa para fazer, até chegar a maturidade, ela não tinha mais tempo. Agora eu acho que tu poderia estar mais tempo com a tua irmã e participando mais com ela das coisas que vocês gostam, juntas, tirando o mala do cunhado fora, nossos irmãos são a nossa família, mesmo que distantes ou com opiniões e idéias diferentes. Eu acho que deixar para o destino é muito mais difícil e complexo, tu ainda vive em função da Alexgia, logo ela vai ser uma mulher, e aí a gente não sabe aonde ela vai aportar, os filhos a gente cria para o mundo e ndão para nós, mesmo que ela já esteja bem mais madura ela certamente vai querer ter a família dela. Acho que pode-se dar uma mão para o destino se houvesse interesse, acho que não tem mesmo e tudo que é relação é uma incomodação, tudo relativo. Na minha opinião, existe uma coisa apenas que define o casal, Afinidade, de todos os tipos, na cama, mesa e banho, respirar o mesmo ar e ter os mesmos interesses, falar a mesma lingua, não é para qualquer um, a sorte privilegia há poucos, mesmo assim tem uns que na ânsia de querer tudo para si ou talvez por não dar o devido valor, acabam por perder, vivem apenas das lembranças e dos arrependimentos que ficaram. A gente procura sempre moldar o frankestein, um pouquinho de cada personalidade, um pedacinho de cada relacionamento, até os defeitos seriam necessários fazer ajustes, para quem sabe um dia encontrar a pessoa certa, na hora certa e no momento oportuno, tudo é um questão de sorte, de estar lá na hora que as coisas acontecem, de não perder o trem quando ele passar na estação.

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