sexta-feira, 22 de maio de 2015

O prefeito e a greve dos Municipários

Na realidade o que acontece é que o prefeito não quer “alertar os gansos”, é essa a pura verdade, tanto que ele esperou para começar a negociar no fim, ele já tem, desde a época do PT, uma larga experiência do movimento sindical, ele até tenta ajudar a esposa, que quando era secretária da SEDA, conseguiu muitos ganhos com os direitos dos animais, só que agora ela bateu de frente com um pessoal que é da Macumba, ruim isso, porque o batuque corre feio por ali. Mas o assunto é outro, o prefeito não é bobo, e ele sabe onde pisa, até porque depois que sair da Prefeitura, certamente vai querer continuar na vida política, o desgaste não pode ser mais que o necessário. Esses dias o prefeito esteve numa entrega de medalhas dos funcionários da Secretaria da Fazenda do município, um evento bem simples, mas com o mestre de cerimônia não sendo ninguém menos que o Túlio Milman, e no seu discurso, foi o mesmo que o de vários gestores de sempre, que a coisa está muito ruim para todo mundo. O que aconteceu nessa reestruturação da Secretaria da Fazenda do município tem a ver com a situação dos fiscais, que colocaram na mesa para ele uma política de arrecadação de recursos inovadora e pioneira, ou seja, somente eles detém esse poder de fazer a Prefeitura arrecadar para poder fazer investimento em obras, de forma tão importante que fez com que ele remetesse para Câmara de vereadores, um projeto com uma política salarial que vai elevar tanto os salários dos fiscais, que vai inclusive passar do seu. O que o resto da Fazenda não quer saber é que eles ficaram de fora, como se fossem participantes desse projeto, não são. É claro que a produtividade e todos os outros benefícios que os servidores da SMF têm direito vão ser mantidos e aumentados um pouco, nada se compara ao que vai acontecer com os fiscais. É claro que o prefeito submeteu isso ao seu secretário da Fazenda atual, que é do ramo, e que sabe do que fala, não àqueles outros que eram todos amadores, amarrados em convicções políticas e engessados no pé da mesa e da cadeira do seu gabinete com assessores simplesmente espantados com a falta de vontade de querer crescer e tornar a Prefeitura um marco dentro dessa administração, esse secretário sabe o que fala e tem noção exatamente do que diz e do que espera, ele implanta política de resultados e de metas, e ele conta os funcionários para fazer isso acontecer, ele é do tipo se começam a acontecer os entraves e ele não pode fazer nada, ele pula fora. Sendo assim, entendo que a Prefeitura está para ter uma das maiores arrecadações nos últimos tempos e a questão salarial dos funcionários tem que ser administrada de forma a não alertar os gansos, por que se não o estardalhaço vai ser muito grande. O que não se esperava nesse momento era que viesse a negociação da categoria dos municipários, o famoso efeito cascata, quando é sabido que essa discussão na justiça, ainda pode levar alguns anos. Não é possível entender porque acontece isso e todo esse desgaste que se entende como desnecessário, deixando o funcionário exposto a mercê de uma greve imposta pelo sindicato da categoria, pelas atitudes já previstas que pudessem acontecer, tomadas pela administração, tudo muito confuso, nesse contexto. Depois de quase trinta anos do famoso corredor Polonês da frente do prédio da Prefeitura Nova, o mesmo voltou a ser usado como uma bandeira de atendimento de reivindicações, eu tenho medo, porque o partido é o mesmo daquela época do corredor, com políticas que para o prefeito daquela época até deram certo, porque ele acabou se elegendo governador, mas que não resolveu o problema da educação e nem do Estado, que hoje, ao contrário do município, definha, mas isso tem um novo texto sobre isso. Só sei que ele perdeu de fazer uma verdadeira revolução no campo da educação como ele prometia, usando o tal calendário rotativo, só arrumou inimigos e os professores nunca mais usaram o jargão que estava faltando vagas e professores, foi um enterro simbólico, a educação perdeu tempo com isso e hoje também definha em definições de políticas concretas e, no mínimo, razoáveis, para fazer da educação a sua grande mola mestre de todos os governos, onde o aluno, tenha que ser cobrado para apresentar resultados também para o governo, mas sem dinheiro, como fica? Votei na Dilma porque ela tem possibilidade de abrir recursos para o metrô e outras variáveis, mas o pessoal aqui do Sul quer a cabeça dela, ela fez obras inacreditáveis lá para cima. Mas o trabalho dela na educação é fundamental até o dia que alguém se comprometa a fazer o que tem que ser feito, nenhum outro governo investiu tanto em Educação como o dela, e a saída para toda essa roubalheira, matança e tudo de ruim que está por aí, é unicamente pela educação, uma saída que vai demorar muitos anos e gerações para se ter resultado.

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