domingo, 7 de abril de 2019

Mirage e Um amor inesperado

Gosto muito desse ator Ricardo Darín, já falei disso, não gosto de repetir as coisas, junto com Mercedes Morán ainda me dizem ou me mostram a capacidade de um casal tem de se reconciliar, mesmo não se amando, a ficarem juntos, por uma questão de conveniência, até porque existe o sexo, que não é ruim, mas que em determinado momento das nossas vidas, principalmente quando os filhos saem de casa, porque continuar. Assim foi com meu pai e minha mãe, os filhos saíram de casa e eles...continuaram juntos, até ele morrer. Ela preferiu ficar sozinha até o final, 22 anos depois, ela não falava mais dele, ele não foi o exemplo, ainda bem, ele foi o que tinha que ter sido, não tive a sensação de perda, não morava mais com eles quando ele partiu, eu fiquei muito com eles, mas eu precisava seguir o meu caminho, eles o deles, depois tudo foi diferente, como é hoje. Voltar a ter um relacionamento com a ex mulher deveria ter apenas uma explicação, porque da separação. Eu gostaria de ter uma mulher mais nova, bonita, carinhosa, arrojada no sexo e que me amasse intensamente e ponto final. Só de pensar na possibilidade que queimaria um churrasco inteiro, não pegaria na mão, não me arriscaria num olhar, não me atreveria a uma palavra mais provocante, eu respeitaria as tradições e eu sabia que ninguém me domaria a não ser uma mulher que quisesse realmente modificar a si própria, de encontrar no parceiro uma nova forma de realização, de ser vista de uma nova coincidência para as vidas de outras pessoas. Em Mirage, a cortina de fumaça é sobre outra circunstância, de como você poderia modificar a sua própria vida sendo você mesma e numa extrema e complexa capacidade de risco extremo, você se mata para poder fazer a outra pessoa viver, mais e melhor, você é o passado que contaminou, destruiu, desfez uma vida existencial até o encontro do amor inesperado.

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