sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Uma confissão perigosa

 Talvez se restrinja ao que eu sou ou do que eu deveria ser. Talvez a minha vida oculta, aquela que a gente não expõe porque está querendo acobertar alguma coisa ilegal ou irreal, outros também tem essa vida, quando se é casado, por exemplo, tudo se esconde atrás de um manto, e corremos riscos calculados até certo ponto. Não gosto de exemplos, mas posso citar um, que fui até testemunha através de uma sindicância administrativa, a do chefe assediar a estagiária menor. Os riscos dessa operação são incalculáveis, até porque tem uma fase na vida do Homem que ele não pensa mesmo, ele é intuitivo, e acaba se expondo, mesmo casado, com algumas intempéries da vida, não faz a dimensão das suas atitudes, assim como elas também não, só querem saber de elevar o seu desejo, para quem tem a experiência e saber de como conduzir uma relação banal naquelas posições. Depois que a ação inicial começa, aí não tem mais o que fazer, é só tocar o barco. Eu vi um amigo meu sendo traído uma vez, me calei, ele casou com ela e se separou, piranha do jeito que era, deve ter feito a cabeça dele de um jeito que não tinha o que fazer, os pais que se virem para cobrir a bola nas costas do filho.

Hoje eu teria capacidade de inventar muito, e mostrar do que eu sou capaz nessa situação, mas ter todo cuidado para não desrespeitar a cronologia dos fatos, todo mundo julga sem mesmo saber do que acontece quando não se tem aquilo que de fato foi contratado em qualquer situação que seja. Esse assunto merece continuidade, mas essa decisão precisa de inspiração e coragem para falar sobre os outros e não de mim, essa que deveria ser a regra do jogo.

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