terça-feira, 24 de agosto de 2021

"O Guion fará mais falta aos frequentadores do que para nós", define Carlos Schmidt, proprietário do cinema

Eu era amante do Guion,  teve mês que ele me levou quase todo meu salário, tu deixa de viver a tua vida para viver a dos personagens, tu acaba desejando muitas vezes que aquilo que acontece nas telas sirva de lição no guiar dos teus passos, do teu mundo às vezes inconstante. O que acontecia no Guion alimentava a tua alma para poder criar e montar uma forma de ver as coisas que as pessoas não entendiam ou ficavam surpresas da forma que um comportamento se moldava apenas com base em sonhos e fantasia, trazida para o mundo real. 

O Guion tinha outras coisas, as pessoas, sim elas que te atendiam, que figuravam em cena, o mostruário de arte, cd´s, livros, etc...tudo faz parte de uma metáfora em relação ao que foi determinante para querer terminar com o cinema, o tipo de pessoa que acaba se criando em relação ao que aconteceu na pandemia, os medos, os devaneios e a capacidade de tu distanciar daquela vida criada através de um universo paralelo tantas vezes comentado aqui. É como aquela história de quando se destrói a quem você admira porque ela te condenou por atitudes e pensamentos egoístas. Mesmo você pensando que a pessoa olha as redes sociais, para ver como você está feliz e agora mudando as atitudes apenas para quere mostrar para aquela pessoa que você não é mais daquele jeito que ela acabou se expondo. Esse não é um sentimento vazio... o da falta do café, do bolo, da pipoca, da coca zero, das perdas de documentos, do chapéu, da carteia, sempre devolvidos pelos funcionários, essa é a exposição da lembrança de uma geração e do que muito se escreveu nesse blog em relação ao que foi visto no Guion.

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