domingo, 16 de setembro de 2018

Lya Luft, 80 anos: sobre a capacidade da escritora de intuir o invisível

Sou um admirador de Lya Luft, a mãe também era, eu nem sabia a dimensão do significado disso até o dia que li uma crônica sua na revista Veja, e do sentimento que ela repassava nos seus textos e da sua extensão, ela seu preparou para isso, estudou e o mais importante de tudo, se relacionou com pessoas do ramo, inclusive intimamente, e as suas perdas a gente tem que respeitar, o quanto uma pessoa é capaz de se superar em determinadas circunstância, na verdade, perto de Lya e sou um escritor amador, não tive esse aprimoramento profissional, talvez alguma coisa emocional, eu sou o que eu vivo e o que eu vivi, alguns dos meus textos ainda mostram o começo em 2001, mais ou menos, através apenas de conversa por e-mails, que representavam literalmente os meus pensamentos nos mais diversificados momentos, principalmente no que aconteciana minha vida pessoal, agregado a um passado confuso e de um temperamento profissional regado a paixão e emoção, tudo com uma grande capacidade de descrever passado, presente e futuro sempre com uma energia lírica, inventiva e por diversas vezes cômica. Algumas vezes segredos foram contatos por diversos amigos e amigas que tinham comigo uma grande confiança, ninguém queria se expor em qualquer momento, era melhor deixar tudo no anonimato. Depois de muitos anos, Lya acabou voltando para Zero Hora e em cima dos seus textos eu acaba sempre postando algum comentário que serviam de base para alguns textos. É disso que eu me preocupo muito, de preservar o que Lya refletia em seus textos, no máximo cuidado com as palavras e com as afirmações que podem atingir essa ou aquela pessoa. Isso é apenas a manifestação que tenho em relação ao legado, da vida pessoal e particular, associado ao trabalho, que tanto nos consome e muito pouco soma em termos de legado, a não ser que os acontecimentos e a trajetória possa ser contadas de forma muito simples, mas que podem impressionar com o que está fora do nosso alcance e não podemos atingir como forma de repassar isso sem que sejamos rotulados por questões filosóficas, políticas ou religiosas, as situações apenas acontecem e nelas que devemos desdobrar a nossa experiência como sendo movidos a paixão, emoção e tesção por aquilo que fazemos e desejamos e um espaço de tempo onde muitas correntes de contradições são nos acometidas, de viver várias vidas ao mesmo tempo e com a nossa capacidade de transcender todas essas situações vividas e mostradas ao nosso pensmento como forma de interação com o nosso mundo maior e a Deus.

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