quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O Grito

O Grito Foi na noite do dia primeiro para o dia dois, foi um grito apavorante, depois mais um, talvez tenha sido três, todos eles apavorantes, e que talvez estivesse concatenados, caberia apenas buscar uma explicação de quem não se lembrava de nada, de que sabe apenas que eu não poderia interceder, nem procurar qualquer tipo de resposta em cima disso; não seria um sonambulismo que quisesse nos mostrar e dizer alguma coisa, eram gritos, iguais aqueles da minha tinha, que estavam sempre na sua voz mais rouca e idosa, gritos que nos faziam ter medo, que nos apavoravam, que queriam dizer alguma coisa, talvez das trevas; que silenciavam na coragem de meu pai, ao puxar seus pés e tentar fazer ela falar para que parasse de tanto nos causa algum tipo de dúvida sobre aquilo tudo. Sabe-se já, desde então, que isso pode acontecer com uma mulher nova ou com uma velha, eu sei o quanto as mulheres falam sozinhas a noite, e fui testemunha de várias delas, como querendo dizer alguma coisa para mim ou para alguém que estivesse com algum tipo de temor guardado para expelir na hora certa. Homem geralmente dá coice, certa vez meu irmão me contou sobre o pé dele à noite, sangrando, procurando respostas, que jamais vai encontrar nos motivos da briga, mas que no sonho acabou por atingir o criado mudo, a sua ponta, que lhe furou muito que fortemente o pé, e que passou alguns dias tentando recuperar-se. Eu talvez tente escrever mais sobre isso e o que representa na vida das pessoas, das forças ocultas e do que isso representa, você é assim?

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