segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Ó de casa

Depois de ler um texto desses fico pensando se realmente éramos felizes ou agora, com a tecnologia que está nos atravessando a memória, não estamos muito melhores, com tudo ao nosso alcance; como escrevi cartas, nossa, quanta perda de tempo, e várias delas postei no meu blog para que não se perdesse nunca, como eram os pensamentos em relação aos romances, do amor que poderia ser platônico ou não, já que existia uma possibilidade de engravidar uma mocinha ou fazer mal, quando na verdade era o bem que elas queriam, dos orelhões com fichas, com cartões, das fichinhas de Vale Transporte que sempre causaram confusão por problemas de roubos nas empresas. Ainda lembro dos filmes de Nacional Kid, nossa, era um atraso completo, quando vejo uma criança de dois anos com um celular aos seus olhos, escutando tudo aquilo que não tivemos a menor chance de ver na idade de criança. Quando o presente de aniversário era uma bola, quando seria o jogo decisivo e como se dariam os gols e por fim, quem iria jogá-la embaixo de um caminhão para ser ouvido aquele estampido. que nos causava surpresa quando eles eram tampados e nada escutávamos, a bola havia passado inatingível. A gente perdeu muita coisa boa, porque nascemos e vivemos em períodos conturbados da história, de término de várias coisas boas e início de tantas outras que nos mostram uma outra forma nas relações, de que a última geração não entende o que escreve e não faz a menor força de entender como a geração passada abriu um caminho novo, cheio de novas formas de ver a vida, de atitudes e de ideais tanto sonhados, tanto feito e tanto tempo perdido para tudo acabar de uma forma como se nada fizesse diferença entre um lapso de tempo ou de memória e outro que apenas faz parte de um passado mal escrito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, se você tiver coragem...