domingo, 17 de julho de 2016

Espetáculo "Kassandra" explora a sensualidade no Carmen's Club - Minhas Mulheres

Peça catarinense foi apresentada na boate na noite desse domingo   (JUNHO 2016)

Por: Nathália Carapeços
"O inglês rudimentar da princesa de Troia ecoou pela boate Carmen's Club na noite desse domingo, na Capital. Em um palco circular, a integrante da realeza interpretada pela atriz Milena Moraes mostrou habilidade no pole dance e cativou o público com sua história tragicômica: falou da terrível guerra contra os gregos, sobre seu poder de vidência e também de seus amores — sem nenhum pudor. Integrando o Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre, o espetáculo catarinense Kassandra convidou à ocupação de uma casa noturna que instiga o imaginário do porto-alegrense."Com texto do franco-uruguaio Sergio Blanco, a montagem gratuita da companhia La Vaca tem por essência não ser apresentada em um teatro convencional. Mas a opção de explorar o erótico e o fetichismo de forma mais explícita foi especificamente dessa montagem brasileira, como explica o diretor Renato Turnes:
— A proposta da casa de diversões adultas diz respeito a como eu imaginei o espetáculo. É uma personagem mítica. São lugares de proibição, e ao mesmo tempo de liberdade. A nossa Kassandra usa o sexo e a sensualidade como uma estratégia de sobrevivência.
Vestida em um justo corpete e calçando altas botas pretas, Kassandra desenvolve sua ligação com o público de forma direta: usa seu inglês sofrível para um diálogo cara a cara, criando um clima de conversa informal no ambiente esfumaçado sob luzes vermelhas. No início, já explica que não nasceu mulher, se transformou. Faz referências à cultura pop, dança ao som de uma batida intensa e conta detalhes de sua relação com os familiares — falando de figuras conhecidas da Guerra de Troia, como Heitor, Páris e Príamo.
— O lugar em si já desperta curiosidade. É uma coisa inusitada — conta a médica Elaine Segura, 59 anos, que observa atentamente todos os passos de Kassandra.
Cerca de 90 pessoas estiveram presentes no Carmen's Club para acompanhar a peça. Em uma das mesas, também estava Vera Paz, 71 anos. A enfermeira compareceu à boate pela quebra de paradigamas que esse tipo de iniciativa representa:
— É bem interessante, desmistifica, rompe preconceitos. Temos que ocupar esses espaços também.

Conheci Kassandra na festa de aniversário de um amigo meu. Cheguei por volta da meia noite e estava apenas cumprindo tabela, foi essa a minha intenção, tinha saído do trabalho e não sabia o que me esperava pela frente, durante o tempo que estivemos juntos, como amigos e namorados. Lembro apenas que em algum momento ela se deu conta de que eu era amigo do aniversariante. O meu amigo fez uma festa lá com segundas intenções, porque queria voltar a matar uma "lebre" que já tinha morado com ela na zona norte, mas não deu certo.
De qualquer forma, ela acabou me chamando a atenção porque tinha subido na mesa para debochar do garçon para que parasse de fazer alguma coisa que não era permitido, ela estava de cabelo curto, muito curto e eu ali, apenas observando, foi quando depois de algum tempo, percebi aquele olhar me fitando insistentemente, mesmo assim eu não acreditei que era comigo, pois o pessoal já estava querendo ir embora e aquilo já eram 3h da manhã, foi quando ela fez sinal de que iria ficar e eu acabei me despedindo do meu colega, dizendo que ia ficar mais um pouco, para dar uma conferida no momento, e acabei por sentar com ela e mais dois amigos juntos, e foi quando pedi um balde com algumas cervejas, para distrair os amigos dela, enquanto eu a conhecia melhor. Depois fomos dançar e por aí tudo começou, dali fomos ao estacionamento e acabamos por entender que na nossa despedida tudo iria render algo muito mais do que a gente sonharia. E não aconteceu aquela noite, porque já eram cinco da manhã, mas prometia. Ela me ligou depois e eu dei uma desculpa, que não poderia atender e acho que ela me deletou na hora, porque eu não gostava de dar desculpa inventadas, apenas disse que depois ligaria, e então, numa sexta feira liguei para ela e perguntei se poderia sair naquele sábado, pois tínhamos festa com um amigo, mas ela já tinha marcado outro encontro, disse que não. Novamente liguei no outro final de semana, dizendo que tínhamos uma festa no Zequinha, foi quando ela decidiu ir, mas me lembro que a roupa que ela usava era de uma mulher que dava prioridades para outras coisas e usava uns modelos que era já ultrapassados e aquilo nem combinava com nada, mas enfim, o que fazer. Estávamos todos na mesa, quando então ela disse alguma coisa que me deixou bastante preocupado, e quando ela foi no banheiro, a mulher do meu amigo perguntou para mim, -oque houve?
Eu não pude evitar e dizer na hora, - é louca, estou saindo com uma doida varrida. completamente pirada! Depois dali, acabamos nos envolvendo de uma forma muito séria, primeiro como amigos, depois como amantes, e tivemos uma série de situações que deixaram o relacionamento vulnerável, nós fazíamos um belo casal, mas ela falava A e eu pensava C, a gente combinava muito na cama e na dança. O resto foram momentos de crise e de incerteza, eu deveria ter sido amigo dela sempre, mas como amigo não é nada, a possibilidade de ela se envolver com outro sempre era perigosa, e aí, tudo pode acontecer. Durou até o tempo que era necessário e importante durar, mas eu imagino o quanto deve ter sido difícil ela apagar aquele relacionamento da vida dela, eu acabei ficando doente, porque o sexo é uma coisa que diminui tudo na tua vida, peso, índices e te deixa novo em folha, acabei ficando bastante debilitado e muita coisa mudou na minha vida quando ela foi embora, a minha válvula de escape tinha do ido também.

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