sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Os últimos momentos...Remy ainda está vivo...

Faz dois dias que escuto a minha colega falar quando chega ao trabalho que se alguém liberava ela para ir embora, eu já dizia, - tá liberada, espera que eu vou junto!
Depois veio o não entendimento, lembrou-se do tempo em que não queria mais ficar em casa, naqueles últimos momentos da separação, os piores, que você não tem para onde ir.
Eu sempre acho que quando você gosta do lugar que você mora, não terá motivo para sair nunca, a não ser que as pessoas não gostem de você...querem que você vá embora, você acabou se tornando um estorvo na vida das pessoas. Eu nunca me vi nessa condição, sempre amei minha casa, por ela lutei até o final, e mesmo quando não havia mais chances, eu deixei as coisas amarradas de um forma a ela continuar minha, mesmo não estando mais lá. Foi uma pena, aquilo realmente me abreviou uma parte da mina existência, eu não deveria ter saído de lá, sem a devida certeza de que tudo se reverteria no momento certo.
Diante dos fatos, aqueles piores momentos, foram para eles, não para mim, eu gostaria de ser invisível, eu apenas queria ficar ali, eu deveria ter continuado ali, e prosseguido ali mesmo, eu deveria ter negociado a rendição....deles. Eu não fiz porque eu não acreditei em nenhum momento que deixaria de ter a importância devida na vida das pessoas em pró de uma fogueira de vaidades, de pessoas torcerem para permanecer no meu lugar, eu não aceitei, não acreditei e apenas segui as ordens de que me foram passadas, para saber até onde uma pessoa é capaz de cometer um suicídio contra si mesmo e percebi, que isso é possível, e não foi por outra pessoa, porque se isso fosse o melhor a ter acontecido, tudo seria dividido, um amor transfere obrigações.
Pagamento de um aluguel por uma troca de não querer ficar mesmo perdendo toda a vida de existência. Não se pode julgar e compreender quando a mente nos tira a faculdade do certo e do errado e da capacidade de voltar a se relacionar consigo mesmo, de entender que mesmo numa novela como SOl, onde todos vão acabar vivendo uma vida baiana, sem mágoas e com uma dimensão de aceitação de vida real inexistente, ou seja, no final Remy ainda está vivo.

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