terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Somos todos impacientes?

Tem razão, eu acabei descobrindo que uma das minhas virtudes e qualidades ao longo dos anos é ter paciência, por favor, não confunda com tolerância, que é muito pior. Eu não vejo futuro na impaciência e descobri que as pessoas perdem a paciência muito fácil quando não tem mais tempo a perder com relacionamentos inúteis. O melhor dos relacionamentos inúteis é que ficam marcados, não por uma transada, mas pela qualidade da pessoa que está com você, mesmo que ela não seja aquilo que você queira, ela não tem condições de cumprir o cronograma, de atingir as metas e manter o fluxo, enfim, ele não serve para você. Depois você acaba percebendo que o impaciente e o não preparado era você, a pessoa estava no seu ritmo e no final até poderia chegar aonde você queria, mas ia levar tempo, ninguém tem tempo para perder tempo dessa forma, são as vicissitudes que extrapolam o amor. Eu não gosto de falar sobre isso, porque a gente acaba ficando para baixo, quando a ideia é ser o contrário, corpo elevado, sentimento superior de afetuosidade e de doação, você é o máximo se quiser. A questão aqui é que a paciência nem sempre joga a favor, chega uma hora que a outra pessoa perde a paciência e não quer mais investir no relacionamento, acaba fazendo mal e a pessoa produz uma substância na mente que a eleva a condição de não voltar atrás, é tão incrível que a pessoa, em nome de uma condição, abandona a sua teoria, a sua prática e a sua condição de realização, esquece inclusive os motivos que chegaram a ser uma evolução para todos que estão na volta dela, ela cresceu e com isso, acabou deixando que as laterais tomassem conta do seu eu mais profundo, perdeu a esperança de que tudo voltasse a dar certo porque houve uma violação das regras profanas de si mesmo, acaba assumindo um papel que não é seu por ideais tão absurdos de interpretação sobre o que acha e pensa na sua trajetória pessoal e profissional que prefere se desfazer da melhor parte do que era bom, prefere assumir uma condição de sozinha, passando por cima de tudo que havia planejado como o ideal, a vida em comum. O Paciente acaba percebendo que é dessa forma que pode se desprender das pessoas que não lhe são confiáveis, de quem tem medo, de que são tão incertas e duvidosas em relação a sua própria história, só perderá a paciência quando almejar o futuro certo e assim o desejar, ou seja, vai lugar por aquilo que deseja e espera que seja de fato o seu interesse.

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