segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

escolhas e enganos

Eu ando mesmo é querendo me tornar um filósofo, acho que é isso, mas não tenho curso de oratória e não tenho o dom da palavra, como tinha meu avô com seus discursos inflamados e com palavras, verbos e rimas na ponta da língua, para cada assunto ao qual tinha essa capacidade espantosa de jogar com as palavras, ele tinha o dom para isso, eu teria que estudar muito anos e me preparar para tentar chegar a alguma trilha do seu caminho; talvez eu me descobrisse não como orador, mas pensador, que é aqui é o meu caso, aqui eu tenho a capacidade de mostrar a vida real e sugestioná-la para que as pessoas não cometam a mesma bobagem assim como o texto do 417, que mesmo sabendo dos riscos que haviam naquela operação eu ainda, assim mesmo, me submeti.
Como não quero desviar do tema novamente, a avaliação que se faz necessária nesse momento é, porque insistimos em relacionamentos que a gente sabe que vai dar errado e porque nos submetemos a tantas diferenças, desacertos e descontroles por tanto período de tempo, porque fazemos promessas e nos limitamos ao um estado crítico, quando sabemos que isso não fará a menor diferença?
Certa vez um amigo cometeu a insanidade que vários homens cometem, se apaixonam por uma novinha, termina o dinheiro, termina o amor. Isso só não ocorre quando o casamento é a moda antiga, e a mulher cresce e se torna parceiro do marido e acaba finalmente vendo as coisas de outra maneira, mai sensorial e acaba percebendo qual a real natureza da relação que tem com o marido, que muitas vezes só é descoberta durante o próprio casamento, no momento que se descobre que aquele é para vida inteira era verdade verdadeira e não só verdade sabida.
O resto é missão e corpo presente. Missão porque você precisa passar por aquilo para evoluir e corpo presente porque enquanto o corpo for a extensão da cabeça e ele comandar as suas ansiedades e a sua possibilidade de domínio de si mesmo, não haverá condições de interferência externa, apenas rezar pelo melhor, que acabe logo, ou que a família se estabeleça.
A pergunta que fazemos, por que insistir em alguma coisa que a gente sabe que não vai dar certo? Isso pode se passar anos, e tudo aquilo que você acreditava poderia ser diferente, você não consegue visualizar de que não tem como chegar a algum lugar de tranquilidade, de que você nunca mais será o mesmo se continuar naquele tipo de domínio que você não tem sobre si mesmo. Não é por falta de coragem, é por falta de opção, mais a frente você poderá ter as opções que acabarão por se tornar mais restritas, você já não tem mais o mesmo pique, não tem mais vontade em compartilhar de coisas que nada tem com você, de que não abre mais a mão se não valer a pena. Eu gostaria de continuar esse assunto, mas agora precisamos é de um momento de reflexão, de insistência em saber qual o nosso ponto de equilíbrio em querer desenvolver reflexões filosóficas sobre o nosso tipo de atitude perante a vida.

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