sábado, 8 de abril de 2017

Direito de todos, e de todas

Até felicidade. Minha mãe não foi juíza, médica, ela preferiu o grande cargo na nossa empresa, que era cuidar de mim, dos meus irmãos e do meu pai e recebia para isso. Ela ainda vendia Avon e fazia flores, que eu vendia com a Selma na nossa rua para completar a renda. Ela era filha de médica conservador, preferiu casar com um simplório funcionário público boêmio e jogador. Ela fez um patrimônio importante e depois ainda administrou sozinha sua vida por mais 22anos. Ela ajudou muita gente e a sua presença era referência por onde passava e será assim por muitos anos. Aos 80 anos recebeu uma placa dos filhos agradecendo os serviços prestados. Minha mãe foi uma grande mulher e com a sua inteligência, destreza e personalidade poderia ter sido o que quisesse profissionalmente e sentimentalmente. E ela gostava de ler Lya Luft.

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