Fim de um ciclo, não do amor

Esse título de texto que é de fato do Carpinejar, sempre foi trabalho por mim em relação ao nosso trabalho. É quase um manual de instrução que deveria ser repassado na escola, como aprendizado, do tipo: "vai chegar a hora em que você deve entender que o ciclo vai terminar, não o amor, mesmo que você queira ficar e se perpetuar, você deve desembarcar na primeira estação que você conseguir. Não é disso que tenho medo, embora nos cause certa ansiedade, de ter que recomeçar sob novo domínio, eles vão acabando por nos conhecer e confiar na gente, demora,mais acontece. Quando ele fala em mudança dos sentimentos, pobreza emocional, apocalipse conjugal, descanso x cemitério, por fim, de que tudo isso acabou de se transformar em ESTABILIDADE. Não é o último capítulo do romance, pois sim, ninguém aguenta o ostracismo, só que tem uma coisa, ou a gente, mesmo que tome coragem, prefere não entrar na zona da discórdia e da separação, a gente espera não fazer mal para a pessoa, e acaba fazendo de tudo para manter aquela relação, mesmo não estando mais nela há anos, para não ferir a ferida, acaba tudo porque a outra parte não pensa assim. Cansou de ver a solidão como uma saída e aderiu a inconformidade e preferiu enfrentar a briga, se armando com tudo aquilo que não existia antes, o amor na verdade,chegou ao fim. Ficou a palhaçada, e proliferação de agressões que nunca vieram a tona, se saiu como ganhadora, quando quase perdeu a vida. A gente não imagina que uma pessoa possa ser tão inóspita e desértica, sem sal, sem imaginação, anula-se e perde-se o encanto por quem um dia aceitaria qualquer coisa por sua companhia, mesmo o desleixo e o descrédito, se reinventou e enganou para que houvesse uma mudança que ficasse a mesma coisa, valeu a pena. Percebeu-se que era possível isso, mas que não foi tão necessário. Dividir o tempo significa muito mais que solidão, porque quando se separa, se perde todas as referências boas, vai tudo para lata do lixo e de lá, existe ainda tempo de encontrar o ele perdido?