sexta-feira, 14 de julho de 2017

A sutileza do discurso

Baseado num texto de J.J.Camargo Eu sempre achei que o cigarro era uma forma de desviar a atenção para alguns assuntos. Meu colega esses tempos me falou sobre o passado e a roda de amigos que fumava escondido, eu nunca provei a maconha, ele sim, e disse que viajou, eu bem que gostaria de fazer o uso agora, apenas para não passar em branco. Mas eu nem sei como faria, e acho que precisaria um tempo muito grande para fazer a orquestração para isso de fato acontecer. O que quero dizer, é que ...usava o cigarro para dar uma freada na libido, e uma coisa é certa, ele segura, mas acelera também, ele entope tudo e você precisa ter um controle muito bom sobre tudo isso. Então só fumava naqueles momentos, antes do prazer, e isso queria dizer muita coisa, de que uma relação bem centrada e erotizada ao extremo, com a nicotina na cabeça, pode sim sofrer um efeito doido de prazer, dependendo única e exclusivamente da mulher e como ela se comporta, em relação a outra que pode não fumar, não beber e não saber nada de como se comportar diante um HOmem na cama, na hora do sexo. Eu tive uma parenta que me falou que seu marido tinha o problema da ereção,que afetou muito cedo a sua vida e que deixou ela a ver navios, e que ela não saiu para encontrar outros parceiros, apenas de fechou sexualmente para o mundo, colocando a culpa toda na diabetes, quando a culpa de fato, era do cigarro. Como ele é um alucinógeno, ele me deixava bem maluco e com vontades maiores quando associado ao vinho e à cerveja. Com o tempo, a condição de vontade começava a ser superada pela questão do que representava o fumo, a mulher não era mais a mesma e o entusiasmo foi trocado pelo esforço em ter que ser a parte ativa no processo, ficou bem difícil. Então, cada pessoa é diferente dentro do processo e cada situação deve ser entendida de forma a que se procure uma opção de resolver aquilo que lhe é caro. O cigarro é um atrapalhador e as suas consequências são notórias durante o tempo, o esquecimento, a falta de memória, a tosse, a falta de concentração e por aí vai...ele deveria ser visto não como um vício, mas apenas como uma fantasia passageira numa noite de verão, quando se é jovem, cheio de energia e desafiador da sua capacidade de locupletação.

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