segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O Terrível e o Sublime

Eu fico pensando no passado. Há mais de trinta anos a nossa mãe já nos colocava terror falando do "Homem da Corda" ou do "Saco" e a gente fica imaginando o que seria, um homem que ensacava as crianças, levava embora; e outro que botava a corda no pescoço das crianças e saia arrastando sem rumo. Depois fomos morar num apartamento em que ela ficava de marcação cerrada e não nos deixava sair de dentro das quatro paredes a não ser fiscalizadas. Não, acho que a barbárie não é de agora, e com o tempo só piorou, a informação está rápida e globalizada ao extremo. A maioria dos crimes que acontecem são por causa do tráfico, as drogas são alucinógenos que deixam as pessoas sem "medos" e é esse o grande problema atualmente, pelo menos a maioria, não sei como ficamos inertes tanto tempo vendo a coisa acontecer ao nossos olhos, sabedores que um dia isso acabar estourando na nossa própria casa, o resto também passa pelo álcool, que deixam as pessoas muito mais suscetíveis a ficarem fragilizadas num "boa noite cinderela", por exemplo. Basta passar ali no Zaffari da Lima e Silva na sexta-feira à noite para ver como a vodka corre naqueles balcões, impressionante que é um consumo que agrega valor comercial e outras coisas mais. Aquele bairro, Cidade Baixa, cheira a maconha, mas é um pessoal levado a paz e amor e que vive em busca disso que Lya acena, das obras de arte que produzem milagres na noite. Podemos citar outras tantas, como no Cinema, no teatro e na nossa imaginação, não como nos velhos tempos de namoro no portão e na possibilidade do coração bater mais forte porque estávamos na possibilidade de segurar a mão da mulher pretendida ou até quem sabe de roubar-lhe um beijo, essa era a emoção que nos deixava com impulsos contidos e esperançosos de uma vida melhor.

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