terça-feira, 17 de novembro de 2020

Entre 1975 e 1977

 - Aqui sempre comprovamos nossas afirmações

Rosi, ainda vou te dizer mais, agora que já se passaram mais de 40 anos...

O Luizinho não vai se importar de agora a gente falar a verdade sobre os fatos daquela época...

 Aliás eu até gostaria de dizer antes que o Luizinho, mesmo depois de vários anos, ele continua me salvando das minhas "enrascadas", um grande amigo, e meu braço direito em todos assuntos que envolvesse força e determinação, o que continuou nos aproximando depois de tanto tempo

Mas vamos aos fatos e o que interessa:

Aquele assunto que envolvia a Nara...a ideia partiu do Luizinho, de que ele decidiu que a gente deveria criar um fato novo em relação ao grupo e que a vítima seria a Nara, e espalhamos aquele fake news da minha paixão arrebatadora, que de fato não existiu, os nossos interesses eram outros, ele decidiu que seria o melhor a fazer na época.

Eu até tentei falar com a Nara sobre o assunto, de que ela tentasse entrar no "clima", mas acabou ficando chateada com o assunto e nem ouviu minha proposta sobre o assunto e mandou eu procurar a Marina Regina, aquela nossa colega que era meio estranha. Depois de alguns anos acabei atendendo ela, a Maria. num posto da Tudo fácil do DMAE, eu não entendi muito bem qual era a dela, mas não deixei de perguntar a ela sobre aquela época e é melhor nem comentar o que ela disse.

- Continuam medonhos, Estou no trânsito. Depois nos falamos.

- Bem, o Luizinho vai confirmar tudo isso...pode dirigir aí, olha depois, na volta...eu dizia para o Luizinho que a Nara gostava do Queiroz e que aquilo não tinha futuro e a gente ainda acabar atrapalhando o relacionamento dos dois e talicoisa, eu tinha um vínculo com ele no futebol, ele jogava muito e às vezes eu jogava com ele na zaga ou era goleiro e uma vez ele me perguntou tipo "afinal o que estava rolando ali"...eu disse a meia verdade para ele, porque a gente jogava toda semana, no mesmo time, eu gostava dele porque ele era muito caladão, enfim, não ia entregar o jogo para mim. A grande verdade, aquele "fato novo" acabou dando um novo sentido na nossa amizade em vários sentidos, tudo teria ficado muito diferente, o Luizinho ainda disse que eu tinha jogado a bola em cima do Kastelão, que teria passado do limite.

Eu sei que foi diferente do primeiro ano, porque lá a Fátima falou da admiração que sentia por nós, e dos trabalhos que a gente fazia junto, na aula de Psicologia, a professora deu o sinal de que tudo era um sinal para alguma coisa, aquela época a Maria Alves era nossa parceira nos trabalhos e tudo mais, seria um completo enredo com gente tão jovem expondo coisas que a gente nem sabia ao certo o que era. Depois de alguns anos encontrei a Fátima trabalhando à noite numa Loja, e mesmo depois de tanto tempo, nem consegui dizer nada, só um oi tudo bom.

Depois no terceiro ano, me vez a cabeça que aquele fato novo do 2º ano ainda permanecia na cabeça da Nara que uma vez nos sensurou por tu tocar naquele assunto, eu acabei vendo que aquilo mais afetava ela do que a nós, que já era visto como uma brincadeira mesmo...depois eu o Luizinho meio que nos perdemos em meio a romances escondidos e flertes com colegas num outro estágio da nossa pós adolescência, o Luizinho que diga, ele era o mais experiente nesse quesito.

 Mas me lembro de fatos isolados que ficaram marcados muito naquela época, o do baile de formatura, lembra? E de que a gente perdeu muito tempo sem conversar sobre coisas que tinha a ver com a gente mesmo, com o grupo, com a amizade e as nossas opções e o que ia nos esperar no vestibular e no resto, a gente podia ter amadurecido mais rápido em conjunto e se conversasse mais durante aquele período, provavelmente o Luizinho deve concordar comigo nesse sentido.

 Eu ainda acho que mesmo que tu tinha a liberdade de falar as coisas, de dizer se o cabelo não estava bem, ou se dava para mudar o comportamento, nesse ponto tu estava muito querendo ensinar e ao mesmo tempo nos conhecer melhor, foi tudo muito rápido...

- Lembro pouco desses fatos. Estava com problemas sérios em relação a saúde da minha mãe e a amizade de vocês me auxiliou pra desopilar. Sou muito grata, lembro da gente sorrindo, o Queiroz qu tu falas era o Jose Francisco?

Lembro bem dele, ele parecia ser mais velho

 Lembro do aniversário dele também 21/08

Lembras da prova de Química que foi num sábado, tivemos aula de Química  no sábado pela manhã e às 16h foi a prova.

Eu e a Nara saímos da aula,fui almoçar na casa dela,  a irmã dela fazia faculdade e nos deu uma força. Eu fiquei na casa da Nara pq morava longe. Neste dia minha mãe fez uma cirurgiacom risco de morte e pra mim marcou muito esse dia.

 Essa prova foi em 1976

Boa noite

- Bom dia!

 Na verdade, a parte difícil sempre foi meio que "escondida", a partir de 76 a coisa começou a ficar melhor lá em casa, o pai esteve muito doente e foi operado inclusive, fora isso, durante esse processo, tivemos algumas incomodações "externas" que nos deixaram em estado de alerta, nos incomodamos até com questões de denúncias sobre situações particulares, numa hora bem difícil. Depois de 76, acho que foram os melhores anos do pai e da mãe até a morte dele em 84. Ela ainda ficou viúva por mais de 20anos, vindo falecer em 2006, por coincidência na sua cidade Natal, Montenegro. Ela não quis casar de novo, hoje acho que até deveria, mas isso é conversa de bar que não tem início, meio ou até fim.

Química...eu me lembro do nosso professor, Gás Hélio, que no primeiro dia de aula botou o Luciano para fora da sala de aula. Nossa, lembro cada coisa, que a gente sentava lá no fundo, nem sei como a gente chegou lá, a gente devia dar mais valor àquele período, até porque na faculdade, devido ao meu curso, eu não tinha turma definida, a gente era meio solto e não tinha amizades sólidas, era tudo um processo difícil, até me formar demorou muito, mesmo assim, encontrei na formatura o "Pipo" nosso colega no terceiro ano, remanescente do início de tudo.

O Luizinho gostava muito do professor Nelson, de física, só pelo nome a gente devia desconfiar que ele era bem estranho. Além dele o Luizinho sabe do prof. Chemelo, que era meio doido.

O que às vezes nos restringia era a falta de grana e do poder de decisão para qualquer coisa mais audaciosa, tudo andava sob olhar suspeito dos pais e dos irmãos, muita coisa acabou em rolo depois que solta a corda, a idade chega e com ela as loucuras, o Luizinho que diga...

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