O padre esteve aqui...

 Apesar do parentesco, ele acabou se excedendo, bebemos demais, mas ele não devia fazer isso há muito tempo. Eu tomei o normal para uma ressaca daquelas, mas nada que abalasse minha capacidade para lidar com a minha realidade, mas quando vi que o assunto acabou enverando para ligações extremas com coisas que eu não tenho o menor conhecimento, eu fiquei assistindo aquele peça teatral e aquela encenação sobre ter a verdade de tudo, quando o que penso é que a gente não sabe sobre muita coisa e não tem a verdade de quase nada. Se fizesse um retrocesso na minha história de trabalho, eu diria que poderia me vangloriar sobre algumas coisas que eu fiz e que me mostraram que eu poderia ter ido mais adiante. Hoje vejo isso muito distante, não tenho mais a ilusão de me tornar um rei sobre qualquer outro tipo de atividade, teria que ser um ajudante, um visionário sobre alguma outra pessoa que pudesse fazer a diferença de forma que o meu pensamento e a minha plataforma de vida, fosse levada como um balizador para quem quisesse ter um domínio sobre todas as coisas, muito disso passa pelo tipo de pessoa que você é, do que representa, por isso retorno ao padre, que talvez exausto pelo seu tipo de personalidade, preso a uma vida que representa uma grande capacidade de se doar e de estabelecer contatos o tempo inteiro em causa das pessoas menos favorecidas, se soltou e se disse livre, falou demais, desabafou sobre aquilo que pensa ser a verdade suprema, mas foi o momento que se sentiu livre, gritou e botou tudo como se fosse um manifesto em razão da sua própria causa, da sua necessidade de poder extravasar aquilo que estava contido e aconteceu num lugar que ele se sentia a vontade para fazê-lo sem julgamentos maiores, porque dificilmente ele iria aparecer novamente. Para mim foi apenas um verdade que estava contida, a sua verdade, que para mim não representa muita coisa da forma como foi colocada, apenas quando falou em Jesus e Nossa Senhora Aparecida, aí as coisas começaram a fazer sentido.