Eu me permito dizer que já vi casal chorando por não conseguir mais ficar junto, não havia mais o que fazer, por mais que se gostassem, os desentendimentos transcendiam o relacionamento do casal, passava por cima, não havia o que ser feito, quando se perde dessa forma, é um sentimento de derrota. Existem outros, nada equiparado como a morte, porque é onde tudo acaba, mas ser viúva do ex ainda vivo e saindo com outra ou até mesmo sozinho e fazendo aquilo tudo que qualquer mulher ou Homem sempre foram vinculados, de que perderam uma pedaço da sua vida e não fizeram nada para que isso não acontecesse de fato, é quando o orgulho, a emoção de não querer reconhecer a dependência, de não se humilhar sem perder a classe, de ficar vazia ou perde de sentir a dor no coração quando esse perde a razão sobre si mesma. Depois só sobra as lembranças, o vazio da solidão, a música, o vento batendo na sineta, a churrasqueira vazia, os espetos enferrujando ao tempo, morrer dessa forma, quando ainda se está vivo é uma prisão, um castigo da alma, da lembrança que um dia passou um acontecimento, que durou anos, de vida que não se sabe ao certo onde teria se partido, apenas a insana ingratidão e cobrança sobre si mesma, apenas um pedido de perdão, um choro de audácia, um chamamento para a verdade e realidade de uma vida que não volta mais.
Começamos hoje uma série de contos que apenas falam, não da perda, mas da procura de alguém que talvez não exista mais e as lembranças de uma que existiu apenas no destempero de relação não resolvida como se deveria.
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