sexta-feira, 23 de março de 2018

Porque paramos de escrever

Férias coletivas, trabalho e família. São os fatores que mexem com a nossa capacidade de criação, mas não é só isso não, por mais criatividade que se tenha e muito para se dizer, chegamos num momento que outros interesses acabam se apresentando na atual fase porque passamos e isso vem de encontro com o que passamos na nossa vida real, sempre lembrando que ainda não tenho certeza se o mundo que escrevo é o real, ou o mundo paralelo, se ainda estou por aqui, ou se estou vagando por aqui, todos já sabem sobre isso e não vou me estender mais nessas questões.
Não senti nenhum vazio, nem um momento de falta de alguma coisa, apenas me senti cansado, muito cansado, esgotado e sem tempo para levantar a caneta e apertar o botão do micro, que muitas vezes ficou ligado em casa dia e noite, mas a cadeira me impedia de chegar nele, mesmo que a tenha trocado.
Os compromissos com o trabalho e com a mulher e a família me tornaram uma pessoa sem a capacidade de ver o que se passava em volta, pois os prazos, meios e receios de não atender eram constantes, escrever não era mais prioridade e a vontade explicitar coisas no papel, não existia mais.
Volto a repetir, temos muito a escrever, e a questão financeira poderia abrir um caminho de me tornar profissional, mas ainda não estou preparado para isso, quero poder ainda ver muito mais e estabelecer outras conexões com a leitura e a escrita, aguardemos se é uma nova fase ou o fim de um ciclo.

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