terça-feira, 20 de março de 2018

— Adoro conviver com uma pessoa diferente de mim. Conheço muito bem as minhas chatices, então acho chato conviver com alguém exatamente igual a mim — Fátima Bernardes

Essa Fátima B. não tem noção. Mulher com toda essa bagagem, mas querer encontrar alguém que não seja igual na chatice, só pode dar nisso que deu. Primeiramente eu gostaria de uma mulher que fosse muito boa de cama, mas não insaciável, porque isso já acaba com qualquer relacionamento, porque vocação para corno, quem tem? Depois, que ela me ouvisse nas minhas teorias e que entendesse que um relacionamento tem vários condicionantes, enfim que respeitasse a minha individualidade e fosse uma "dupla-face" nas horas certas. Isso é praticamente impossível, porque não é possível estabelecer uma relação sensata com quem tem olhos apenas para um outro universo, você acaba se tornando um porre "das horas certas", uma sensação inexplicável de perceber porque você está no meio do furacão. Quando existe uma possibilidade, então é hora de aproveitar e dizer as coisas que podem e devem seguir o seu rumo certo. O que pode ocorrer depois é a solidão, aquilo que não faz bem para ninguém, a não ser quando a gente consegue conviver com a nossa própria sombra e fazer dela a nossa companheira, requer uma capacidade muito grande de aceitação e de se admirar com qualidade e não mais se embelezar para as outras que pensam muito aquém de um momento apenas, mas de uma eternidade de defeitos e mal entendidos. Viver com pessoas diferentes vai obrigar você a gostar de rock, quando você é um sertanejo e enterrar de vez Roberto Carlos até na ceia de Natal, ninguém merece isso.

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