terça-feira, 12 de julho de 2011

SOBRE O CHURRASQUINHO DA FEIRA DE SÁBADO.

Pois conheço a D.Maria, Lulú para os íntimos, desde quando ela fazia churrasquinho na feira, todos os sábados, era seu cliente assíduo, naquela época ela tinha uma kombi azul onde carregava toda a sua família e o material de trabalho. Ela causava na feira um alvoroço com aquelas vendas, porque aquele galetinho temperado que ela fazia era algo de muito bom, sinto saudade daqueles tempos. Há muito tempo ela sofria intervenção da SMIC para tentar regularizar o negócio, e aquela briga ja vinha se arrastando a horas e a pressão era muito grande em cima dela e  não ia demorar para fechar o tempo por causa daquela situação. Só sei que a SMIC estava envolvida e que a situação pública estava irregular, foi numa época que queriam tranformar os churrasquinhos em carrocinhas padronizadas a gás. Como se o churrasquinho que ela fazia iria transformar-se num perigo atômico, como acontecido no Japão recentemente no caso do tsunami. Poluente mesmo e equivalente a um desperdício em relação à poluição é o que acontece no Parque da Harmonia no mês de setembro em relaçõ ao equivalentede a churrasco, fogo de chão e queima de carvão e lenha naquele local, comparado a isso a pobre dona Lulú, que trabalhava intensamente naqueles sábados de sol, chuva e frio para alimentar seu pessoal e dar abrigo aos que trabalhavam com ela naquele local. Além disso ela fazia com prazer, era um negócio como qualquer outro, um mercado com rendimentos, pois o produto era realmente de qualidade e diversificado. Pois dona Maria e sua filha Carmem continuam na feira, vendendo artigos de artesanato, produtos da Natura, lanches caseiros, mas continuam sendo fiscalizadas de cima. A feira se modernizou e até crepe se vende, esses dias me animei a comprar um bolinho de carne, mas não foi possível comer, o pastel já não me arrisquei. Nas quartas-feiras Dona Maria fazia um pastel maravilhoso e que eu levava na sacolinha para casa, vários deles, era um arraso. Dona Maria continua escondida e sendo fiscalizada pela SMIC que provavelmente, naquela época, deve ter chamado até a saúde para tentar retirá-la daquele local, se não duvidar até a Vigilância Sanitária deve ter interferido naquela situação. E a gente pouco ou nada pode fazer para evitar a presão que o órgão público remete para os pequenos que vendem um produto de qualidade e estão ajudando na cadeia produtiva. Quero ver eles mexerem no Parque da Harmonia um dia se quer de setembro para ver aonde o secretário vai parar. Sinto saudade daquela galinha no espetinho da dona Maria, assim como sinto saudade da torta de rum com chocolate que a minha mãe fazia.

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