domingo, 24 de novembro de 2019

Parasita

O cinema simplesmente lotado, deveria ter alguma de impressionante no filme, ao lado passava Vida Invisível, o filme que eu deveria ver, apenas por uma questão de identificação talvez, não com certeza, mas preferi arriscar ver um filme que parecia mais ousado. Esse excelente filme em termos de originalidade e de capacidade de cooptação tem várias mensagens e esbanja ousadia em alguns assuntos e nesse tema que me apego, no cheiro das pessoas, imaginando que somos capazes de exalar certos tipos de odores que nos deixam de certa maneira enfeitiçados tanto para o bem como para o sentir alguma coisa exalando fora do contexto normal. Não falo de mal hálito aqui, propriamente dito, porque as pessoas no decorrer do tempo não sabem o que se passa com ela mesmo nesse sentido, e não percebem porque ninguém em a coragem para dizer o que elas deveriam ouvir, isso não tem a ver só com os homens, tem a ver com mulheres também, que acabam por nos querer a distância mais do que suficiente para nem sequer se aproximar. Naquele dia no cinema, aconteceu com o senhor, nem tão velho assim, mas que com manias de carregar sacolas, daquelas que a gente sabe que são mania, de uma pessoa só e que se desinteressou de ser uma pessoa normal, eu apenas percebi porque o cheiro era muito ruim, mas não era constrangedor, devia ser da boca, porque ele falava e comentava, incrivelmente o filme deveria ser para ele mesmo, pois fala do cheiro que está impregnado nas pessoas, do cheiro que vai tomando conta da sua vida, pode ser por vários motivos, pelo lugar onde mora, pelo que gosta de comer ou do que não gosta de limpar, inclusive a si mesmo. Eu conheço uma mulher que tem um cheiro característico ou de perfume barato ou da sua própria anatomia e do que acaba criando pelo seu tipo de trabalho ou pela sua característica em razão do trabalho e o que ele acaba por transformar no seu íntimo, a gente sente por uma questão de apenas sentir, aquela camisa mal lavada, ou o corpo que transpira em demasia e a não possibilidade de usar perfume pelo ciúme da mulher por exemplo. Quando nos relacionamos com pessoas criamos um cheiro característico e nos deixamos nos levar quando a mulher nos pede para usar um perfume que não faz parte do nosso corpo e vice versa, quando compramos um perfume de que a mulher não gosto ou não se sente a vontade para usar, mesmo que seja caro, ainda teima em usar um que interfere até no sexo. Isso deveria ser abordado mais conscientemente nas assuntos de podcast, mas quem tem coragem de um assunto que pode interferir no seu próprio mundo pessoal?



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