terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O golpe dos professores não grevistas nas coordenadorias do Estado

Várias escolas no RS ainda continuam dando aula, são dos professores grevistas, aqueles que fizeram três meses de greve e ainda foram escochados pelos colegas quando retornaram sem levar praticamente nada, somente a possibilidade de não reeleger o governador atual, por isso, não se surpreendam se nova greve venha esse ano apenas e tão somente esse objetivo, retirar o governador do Piratini.
No entanto, quem voltou a dar aula e se deu conta da situação, os colegas que ficaram na sala de aula, os diretores que ficaram na Escola, durante os três meses levaram a pergunta que precisa de resposta, como os professores "não grevistas" recuperaram as aulas?
Se  a maioria dos diretores saiu em férias, deixando alguém como substituto, como podem ter se ausentado se a escola continua em pleno funcionamento com os professores não grevistas dando aula, que é o que acontece na maioria das escolas?
Então o que podemos perceber, além da possibilidade de fechamento de escolas estaduais e essa situação, o desmonte da Escola como fator de ensino aprendizagem, e apenas a recuperação de relacionamento alunoxprofessor, que com essa greve, jogou para janeiro e fevereiro aulas num calor acima de trinta graus, onde não existe possibilidade de se aprender qualquer coisa e sim apenas conversar sobre o que cada um espera de si sob esse ângulo nefasto da falta de perspectiva em relação ao que o governo cobra e espera de uma classe completamente desprestigiada e amargura em volta de golpes dentro da sua própria classe, dos que não fizeram a greve, ficaram dentro da sala de aula e registram a aula como se realmente tivessem dado e saíram de férias como se nada tivesse acontecido, deixando grande parte dos alunos provavelmente levando o conteúdo para aprender em casa ou nas férias escolares. Enquanto isso os professores grevistas que fizeram os atos, acompanharam manifestações, lutaram por direitos de seus colegas, penam em escolas sucateadas e com diretores se afastando como se nada tivesse acontecido. Uma coordenadoria que se diz presente e fecha os olhos para os acontecimentos que mostram o poder de articulação de mais um modelo que não representa qualquer tipo de crescimento  num Estado que não será referência em Educação nos próximos anos, porque a desconstrução é uma veia muito mais forte e a capacidade de alunos em se tornar uma representação para o Estado é simplesmente falimentar.

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