terça-feira, 23 de janeiro de 2018

o gari que furtou o celular

Abadie furtou um celular, trabalha no DMLU, órgão do Município que sempre teve problemas sérios com a questão de golpes de todo tipo e de furtos pra lá de qualificados, roubos raramente aconteciam. Tantos eram os furtos que o órgão criou em 1998 um setor de sindicâncias, tantas eram as ocorrências: vales transportes na época das fichinhas, vale refeição, pneus, gasolina, computadores, roçadeiras, tacógrafos, uma lista interminável de bens da autarquia que tinham um único objetivo, o ladrão não ser descoberto e ficar tentado a cometer o delito, criou-se então uma lenda de que não se conseguia descobrir nada e os fatos ia se sucedendo mês a mês. Abadie é apenas uma vítima do oportunismo, da desatenção do administrador, de criar a possibilidade da situação ocorrer, mesmo que nem se saiba o que pode se fazer com o material ou produto. Muito desses materiais furtados, no caso específico do DMLU virou sendo um caminho para a troca pela droga de todo tipo, por isso que as pessoas se arriscavam tanto, no mundo do tráfico, qualquer coisa serve para alguma coisa que pode reverter em dinheiro para alimentar esse mundo sujo, e isso se mantinha pelos próprios consumidores, que usavam do instrumento para mantimento próprio, principalmente naquela época quando o PT adentrou dentro da Prefeitura, completamente despossuidores de qualquer tipo de bens materiais. Com a terceirização esse tipo de situação acabou por encerrar um ciclo em relação aos bens patrimoniais, mesmo assim a cultura permaneceu e se tiver ainda assim alguma possibilidade de que possa acontecer, provavelmente o ladrão vai dizer que nem sabe o porque o fez, foi intuitivo e nem ele esperava que ele fosse ter aquele tipo de atitude, uma viagem.

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