quarta-feira, 4 de maio de 2022

O caso Valquíria Parte II

 Valquíria, como tu mesmo diz, não tem como fazer um omelete sem quebrar os ovos:

 Desde aquele nosso retorno “inusitado”, houve sempre um ponto de inflexão sobre o que ficou para trás naquela época, naquele “vácuo” que se formou, existia uma situação que tu mesmo não quis me contar, temi pelo pior.

Durante aquele processo, o Vinículo deu a opinião dele de que eu não deveria voltar e chegamos a mesma conclusão, eu era o plano B. Mesmo assim, eu insisti na questão com ele por duas coisas, eu realmente gostava e queria saber o que ou quem era o plano A. Diante disso ele me disse que mesmo que a situação voltasse, aquela sensação de B não sairia do meu pensamento, eu não teria respeito e admiração, eu devia ter deixado tu ir, ele tinha razão.  Acabei por ver situações que me deixavam com aquela sensação e como dizia o Vinículo, era melhor não saber de nada. Sabe aquela sensação, por exemplo, quando alguém está dirigindo o carro e não pode tocar no celular porque a outra pessoa pode imaginar que é alguém diferente?

 Até mesmo nos momentos íntimos essa questão acabava por vir para mim de forma a me importunar, e elas apareciam de forma que para mim não deixava dúvida sobre a sensação. Era realmente percebível para mim, quando em certas ocasiões eu falava a verdade sobre situações que apareciam provocações, sobre casos que mexiam no passado. Pois então, ultimamente, acabaram por se tornarem mais frequentes, a sensação entrou de vez na nossa relação e estava minando até o que tinha de melhor, eu me sentia como plano B, mesmo não enxergando de onde vinha a sensação, apenas observando o comportamento estranho, eu comecei a me considerar um adversário para ti, não um companheiro, eu acabava sendo mostrado como um lado de que poderia até ser conversado pessoalmente, mas não era isso que me atingia mais, até porque eu acabava mostrando o outro lado da situação e isso foi nos levando a essa condição de não aceitar mais o que não era para mim de direito, eu era apenas o cara que estava no Plano B e ficando nessa condição, mesmo sendo usado como A, até quando?  eu apenas via que às vezes era melhor eu não estar presente porque eu poderia ser visto até como um chato em uma condição diferente.

Com o Neto não vindo mais, o foco mudou, e acabou com o que aconteceu nos últimos dias, eu fui humilhado perante os meus e, principalmente, perante os teus, coisa séria isso, uma decepção muito grande, tu  sabes muito bem o significado da palavra. Falar do que aconteceu e contar com o apoio da família e de meus poucos amigos principalmente, que são leais nessa hora é a parte difícil de tudo isso, não quero mais me expor ao ridículo, tu ultrapassou o meu limite quando ele tende a zero pela esquerda.

 Como eu nunca passei por isso e não quero mais passar por esse desfecho inesperado, a confiança foi ladeira abaixo com o resto tudo, não tenho mais interesse nenhum sobre as tuas decisões, sobre o que tu faz ou deixa de fazer, sobre a gravidade disso ou daquilo, eu sempre deixei bem claro como eu pensava, como eu era, mas tudo sempre foi levado como se minha história não fosse importante, a crítica não era sobre o aprendizado e sim era ataque puro, eu sempre respeitei a tua história e até admirei um dia.  Todas as tuas respostas mostram a tua amargura quanto a mim, me agride, mostra uma pessoa que não sou eu, me denigre, eu sinto muito ter que dizer isso, mas é evidente que a possessão tomou conta de ti e eu não quero mais saber de uma pessoa desse tipo do meu lado e olha que eu ainda aceitei tentar depois que tu tinha “deletado tudo”; é necessário uma limpeza para poder absorver isso com serenidade sem perder a razão. Eu sei que tu vai responder nas tuas condições, de absolutamente certo, eu só estou escrevendo para te fazer entender, mas sinceramente, agora, para mim,  tu é um caso perdido, e a tua família não merece ver a gente passar por isso, eu estou muito triste e decepcionado.

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