quarta-feira, 7 de setembro de 2011

SOBRE OS DESCONTOS DOS DIAS PARADOS DA SAÚDE

Para tudo tem uma primeira vez, e não é de se admirar que tenha recaído sobre uma administração trabalhista. E isso acontece quando a Legalidade completa 50 anos, certamente o nosso velho mestre mais uma vez deve estar decepcionado com as atitudes que cercam o paço. E isso que o administrador tem um currículo invejável de serviços prestados aos sindicatos como estilingue, não como vidraça. E que a negociação obtida foi ainda de vantagens aos servidores já que a mesma não irá afetar a vida profissional dos funcionários, na realidade péssima negociação. Sempre segui a linha trabalhista e, mesmo no decorrer dos anos, vi barbaridades quando o trabalhismo está no poder: a greve horrível dos municipários nos anos 80, do calendário rotativo, das obras inacabadas, das idéias de estacionamento subterrâneos. Desde muito já não existe o trabalhismo aqui no RS, a ideologia e a ética de partido foi substituída por posições de segundo plano; um partido que se aproveita da carona dos outros para chegar ao poder e quando finalmente chega, depois de vários anos, dá nisso. Aos funcionários prejudicados que continuarão no trabalho pelos próximos anos certamente irão lembrar de mais essa fase obscura do trabalhismo, oriunda de uma esquerda radical, mas que é tão direita quanto àquela fase da antiga ARENA de anos atrás. As distorções de anos e de decisões equivocadas acabaram em greve e no resultado que está aí, sem intermediações do Ministério do Trabalho ou do Ministério Público, foi uma briga particular uma exigência a ser cumprida em razão de que o atendimento à população estava sendo prejudicado e com saúde não se brinca, como se alguém estivesse zombando da população, mas e quanto a fiscalização da obra daquele empresa que prestava serviço à PMPA? Isso agora não vem mais ao caso porque a decisão já está tomada, e a PMPA certamente deverá responder solidariamente a empresa contratada. Sendo assim, àquela greve de 88 serviu para implantação da terceirização no município, através de licitações que nesses últimos anos não mostraram, em termos financeiros, o quanto foi gasto nesse molde de contratação em relação ao que existia anteriormente. Imagino que a diferença deva ser no mínimo alguns milhões de reais que poderiam ser investidos na área onde hoje a PMPA opta pelos desconto dos servidores e faz valer uma situação formal para fazer valer a sua falta de capacidade devido a situação informal. Cabe saber o tipo de reação que os funcionários terão em relação a esse procedimento, porque uma coisa é certa, toda ação tem uma reação e essa pode ser que a PMPA não veja agora, mas nas eleições do ano que vem com certeza verá.

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