terça-feira, 12 de abril de 2022

"Achei que estava tudo bem, mas ele sumiu": o que é ghosting e o que motiva a prática

 Conversei com algumas mulheres durante a pandemia e a ideia de se expor, em alguns casos é o que define a insegurança, a angústia e a indefinição, chegou a hora que o assunto esgota mesmo, se conversa mais de quatro horas num dia, depois aquilo acaba parecendo uma ocupação de tempo perdido, porque aquela relação não vai evoluir mesmo, a diferença de expectativas e até a situação de cada um naquele momento não contempla que um venha a se unir a B ou vice versa. Conheci uma mulher que estava tendo um relacionamento estreito, fins de semana, e quarta-feira, o que tornaria perfeito a relação e isso eu já tinha visto há muito tempo atrás com uma mulher de Camaquã, ela só queria encontrar o namorado no final de semana, cheios de emoção e saudades da semana inteira, isso é ao meu ver uma relação perigosa, não por ela, mas por ele, estar com sentimento de liberdade e podendo ficar aberto a novas pretensões nesses tempos de aplicativos, é o mesmo que dizer, ninguém se prende. Depois dos 50 e dos 60 a prática acaba se tornando mais comum, porque o sexo fica invisível aos olhos de quem quer estabelecer uma relação parcial, a seleção fica criteriosa, mas ninguém se arriscar mais do que o necessário.

A questão bate quando em tempos de aplicativos, e de universo financeiro, encontrar alguém que faça a diferença na sua vida, essa é o aspecto que define quem vão ser os herdeiros e o que terá que ser dividido no futuro, a pessoa precisa estar bem amparada  na plenitude da concepção em todos os sentidos. 

O que diz a psicologia sobre o certo:" — (É possível) falar: "Olha, não estou tão disponível para ti neste momento, então vou me afastar. Isso não quer dizer que a gente não possa retomar a relação no futuro". O que leva uma pessoa a praticar o ghosting é essa não disponibilidade e ao mesmo tempo uma dificuldade de colocar para o outro: "Não quero mais ter esse contato contigo", seja a razão que for — resume a psicologia".

As escolhas elas são cheias de surpresas, conheci uma mulher e a sua relação com o parceiro anterior, uma história que foi contada com muita maestria, de quem soube aproveitar a relação, mas com a separação, por motivos de doença e falecimento, teria um novo parceiro se o próprios destino não se encarregasse de desvendar uma situação que vinha pela indefinição de uma outra, o que era para ocorrer no sábado, deixou-se para terça-feira seguinte e o modelo modificou-se completamente, a situação anterior voltou e tudo que era para acabar de uma maneira nova e interessante, perdeu lugar pelo fator tempo, não se chega a desdenhar, mas as relações são muito dinâmicas e a tecnologia acelera os procedimentos. Fica a pergunta, mas porque desistiu? Ou porque nem começou? Recomeçar é bem difícil, mas esperar a bola cair nos pés é no mínimo deixar margem a sorte e que o universo conspire a favor, talvez tenha sido melhor porque o destino não quis, muitos acreditam nisso nesse momento. 

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