domingo, 9 de dezembro de 2018

Colette

Depois de ver Um Homem Comum, eu presumo que o próximo deveria ser um filme mais leve, histórias reais e de e´poca, nos levam a reflexão,  e das escolhas que fizemos e porque insistimos em determinado tipo de conduta que certamente vão nos levar a um labirinto de alternativas que não tem a ver com o nosso destino, a gente queria que fosse outro ou de outra forma, Na realidade são as circunstâncias que nos fazem dessa ou daquela maneira e o caráter, os ensinamentos. Numa época em que tudo é possível aos Homens nós percebemos o quanto eles foram capazes de ceifar vidas e infernizar atitudes. Hoje tudo mudou e temos agora, ainda, uma quantidade de insanidade que ainda queima moradores de rua, assassinos de índios e transgressores de homofobia, tudo muito limirado a um mundo tecnologicamente reverenciado pela informação, ninguém quer ser julgado como um perturbado e taxado daquilo que todos repudiam. Acho que sempre teremos esse grupo que aparece e que cada vez mais são julgados pelos seus atos. A mulher ainda é o grande enigma, não deveria se expor tanto, deveria percorrer os seus próprios caminhos em que pesem a universalidade dos direitos a ser uma pessoa completa, que para isso, precisa necessariamente, muitas vezes de um ser reprodutor, logo depois de uma  família e de uma projeção, a repercussão nem sempre é o esperado e ainda temos muito que evoluir para que a mulher ainda encontre a sua verdadeira de se relacionar com seres tão limitados e passionais.
A história de Colette, fala de uma escritora e seu marido que viu nela, uma forma de sair da crise e de uma outra forma de gastar o dinheiro, em jogos, exageros,  que ela ganhava com seus livros sobre Claudine, a estória dela mesmo e que fizeram tanto sucesso. Escrever romances exige uma capacidade de criatividade de literatura, exige muita leitura e o domínio dos personagens e clareza dos sentidos das frases e dos contextos que as mesmas estão inseridas. Escrevi uma história com vários personagens, erótico, relatavam um cotidiano que é invisível aos olhos da maioria das pessoas, não publiquei e nem sei se vou fazer. Eu poderia enriquecer com muitas alegorias, não é o meu perfil e acho que nem sei fazer isso como devia, nunca tivessa paciência com os livros, de ler as entrelinhas que não me diziam muita coisa, porque eu não queria enxergar algo que eu não sei se era real. Enfim, escrever um romance seria uma tarefa, que exigiria tempo e capacidade de liberdade em relação ao que tenho hoje. Nos tempos de crise, não consigo me  desligar do trabalho estafante, surpreendente e empolgante. Parece que trabalho na bolsa de valores, mas não é, depois de um período de intenso comprometimento com a vida pessoal também, podemos voltar a escrever e está ficando raro porque ele precisa de uma outra onda de entusiasmo, vindo talvez do cinema ou de uma nova esperança.

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