segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Elis

 

É verdade, sábado é o dia em que as coisas acontecem, mas durante a semana eu trabalho, por uma série de questões, primeiro eu gosto, ainda não me vejo aposentado, enquanto for desafiante e me considerar útil, vou continuar, se bem que só levantar da cama já é uma missão, tem uma preparação toda até chegar no trabalho e mandar ver e todo dia tem uma situação diferente, nunca é a mesma coisa, até os caminhos podem ser diferentes, escolhidos, definidos na hora e o tempo pode ser apenas uma parte da conjuntura e  logística, enfim é o que me define ainda como atuante, coadjuvante, como espectador, uma parte do todo.

Beth, já tivemos um cachorro aqui em casa, se foi na pandemia, um boxer, BOB, muitas coisas se modificaram depois daquele período, nós  acabamos morando na casa do nosso irmão mais velho e acabamos ficando por lá, eu na parte dos fundos e os outros dois na frente, no final de semana o irmão mais velho vai à praia, a mulher dele está lá, junto com um dos filhos, o outro está na Irlanda. Nosso bairro é o Teresópolis.

Essa questão política aflorou os nervos de todo mundo, eu tenho um irmão Bolsonarista, já brigamos por causa disso, daquele extremismo, então quando ele tenta entrar no assunto eu já me retiro e saio da conversa, a gente precisa entender como se definiu essa questão política em nosso país,  mas eles estão por aí e fazer parte da roda, elas também estão as pencas pensando como ele e se definindo como eles, logo, é uma questão a parte e que necessita de entendimento não sobre a causa, mas sobre a consequência e das definições de uma linha muito pouco ou quase nada humana.

Meu irmão também tem mais de quarenta anos de casado, chegou num momento que um complementa o outro, não dá mais para voltar no tempo e querer modificar as coisas, apenas desabafar de vez em quando, a gente cria muitas manias durante a vida, e elas vão nos consumindo dia a dia. O segundo irmão está no segundo casamento e encontrou uma parceira que deixou a situação dele melhor, abriu a mão de um modelo e aceitou encarar uma nova possibilidade e estão muito bem. O Outro irmão, Bolsonarista, está com a gente lá em casa, talvez meio sem rumo, e não acreditando que possa voltar a se apaixonar novamente ,e se acontecer, ele não vai mais dizer que vai apresentar , um dia a conta vem...

Essa questão de ser casado por muito tempo é o ideal, se existe cumplicidade e o resto tudo, encontrar a pessoa definitiva, pode ter dádiva melhor do que essa? Levantar as mãos para o céu e agradecer muito, quem viveu essa felicidade, já pode se sentir realizada, em qualquer plano que aparecer, imagino a dor da perda, a depressão, a falta, mas...sempre tem o que a gente não viveu e se mostra de forma a questionar e se questionar, certamente a gente procura ajuda ou as pessoas aparecem para nos ajudar, a mão de Deus nos mostrando os sinais que nos deixam intrigados e procurando as respostas, tem que ser muito bom nisso para encontrar-se consigo mesmo diante de um momento de fraqueza ou introspecção, a depressão aparece porque o tempo deixa ela vir, quando estamos em perigo ela não consegue se afirmar, pois ainda tem coisas que precisam ser resolvidas para continuar a viver a vida, de uma outra forma, não há para se deprimir ou a gente sucumbe.

Essa questão de relacionamento amoroso, isso requer entendimento, não é coisa para amadores, amizade é muito mais sadio e aceito para resolver o que de primeiro é importante, trabalhar o ser e o querer, se entender e aceitar as mudanças, a simplicidade pode ser uma característica vinda de outra relação, como dizemos, é necessário dar uma força para as coisas acontecerem, ficar preso ao que se tinha me faz lembrar de um filme, como era o nome mesmo, GRAVIDADE,  George Cloney, Sandra Bullock, no espaço onde o final do filme aparece exatamente essa mensagem, eu sei que se isolar é bom, a gente não fica com medo, está protegido, mas é que a hora é de encarar o mundo e voltar a viver. Gosto de filmes, ontem ainda vi um com Matt Damon, Em busca da Verdade, onde o final do filme diz exatamente isso pelo que a gente passa, acaba não reconhecendo mais o lugar que a gente morou tanto tempo pelo motivo que a gente sabe qual é.

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