segunda-feira, 22 de junho de 2020

Apertando o botão certo

Ontem ao final da noite, conversando com uma das minhas coroas, depois do churrasco e ter tomado 3 geladas e apagado, uma delas entrou no whats para falar comigo. Interrompi a outra e iniciei uma conversa com essa que já venho conversando há horas, e que vinha me enrolando, desviando e não querendo dizer ao certo o que pretendia.
Então ontem ela me falou da trajetória de ter largado tudo na cidade dela em Santa Maria e virar morar aqui, num apartamento onde a cama é no chão e o resto está espalhado em caixas pela casa, para morar perto da filha e dos netos. Na medida que ela foi falando eu fui me lembrando dos passos que aconteceram comigo, do investimento na prof. de ter vendido a tv, de doar a cama de ferro, a duplex, de ter o notebook dell furtado, e do "não ter nada. Quando voltei para o W e vendo que a prof. estava com uma vida muito melhor do que a minha, eu comecei a reinvestir em mim, e trazendo minhas roupas e minhas coisas poupo a pouco para cá. Comprando tudo novamente um a um. Ela tem o mesmo pensamento que eu tinha há oito anos atrás, "eu não preciso mais nada", não tenho mais porque investir em nada.
E fui me lembrando dos detalhes das coisas e dos acontecimentos, da coragem de fazer as coisas, e que a idade ainda tinha chances de arrumar uma mulher como a prof. um corpo de deusa, numa cabeça de rolos, a minha escolha foi com base nisso, na beleza e na possibilidade de acertar, mas devia ter feito a outra escolha, que era muito mais tranquila e já tinha uma vida estabilizada financeiramente, são as nossas escolhas...
O dilema em relação as perdidas, porque elas são a maioria assim, perdidas, é que todas tem na verdade, uma condição de perda, muitas perdas em relação ao passado, e eu sinceramente não sei onde me enquadro nesse ínterim, agora eu fico imaginando e esperar que o melhor caminho apareça na minha frente e eu tenha coragem de apertar o botão.

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